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Mostrando postagens de junho, 2018

Eternidade Uma Questão De Fé!

        Eternidade por  definição    não tem princípio, nem fim.   Posto    que eternidade está fora do tempo. Uma vez que neste plano tudo é  efêmero, o que prevalece   neste   plano    é   a impermanência.    Assim,      Já defendia          Heráclito de Samos  no século    VI a.C.    Luc Ferry afirmou que: "  O cristianismo destronou o estoicismo ao prometer vida eterna ao contrário do estoicismo  que          defendia    a           dissolução do indivíduo   ao   morrer, no cosmo".  O   dogma    da eternidade foi fundamental para  o   crescimento do cristianismo.  Mas o     problema da eternidade    vem desde a  Grécia antiga, Parmênides  foi um filósofo que defendia que: "o não ser não existia, e, que o ser não poderia deixar de existir".   Portanto, o ser de Parmênides era eterno. Sempre existiu.         Platão século IV  a.C     criou       o  mundo  das  ideias nele tudo era  perfeito,   eterno.         Neste mundo  Parmênides defendia que todo ser

Reflexões!

                     Desde criança pensei sobre a finitude da vida. A morte ameaçadora que pacientemente espera  sua vítima, agindo como o gato, que brinca com o ratinho, deixando-o fugir, para pegá -lo, lá na frente, e, após humilhar sua vítima a destrói totalmente. Estes pensamentos surgiram em minha consciência aos  cinco ou seis anos. Estava eu sem saber partilhando das mesmas angústias,  preocupações de grandes pensadores, chamados de filósofos, como: Sartre, Kierkegaard, Heidegger,  Schopenhauer, Nietzsche, a meu ver, eles são os mais  importantes.          Estes filósofos  mudaram o foco da metafísica, (além da física) para  existência do homem; colocando o foco na vida do homem, e não no pensamento  platônico que criou o mundo das ideias e, o mundo das sombras, (o nosso mundo), posto que Para Platão tudo aqui é cópia imperfeita da verdadeira ideia de cada coisa. O mundo das ideias, alhures é perfeito.          O cristianismo criou um platonismo para o povo. Assim surgira

Relação No Limbo!

          Relação produz afetos. Digo afeto do verbo afetar. Espinosa  defendia que, "os afetos bons produziam felicidade  ( ganho de energja) e, que afetos ruins produziam infelicidades ( perda de energja). Espinosa também  defendia a existência de um desejo de vida. ( conatus)".  Conatus a meu ver tem o mesmo significado da vontade de schopenhauer e, de vontade de potência de Nietzsche. Este conatus impulsiona o ente humano buscar os bons afetos e evitar os maus.          A relação no limbo é uma relação  indefinida. Visto que ela é opaca, sem brilho, sem calor.Os afetos minguaram, prepondera o vazio, vácuo afetivo. Neste tipo de relação  prevalece uma profunda indeterminação, posto que os envolvidos não se  amam, o encanto desapareceu. Os ressentimentos  se agigantaram. Por consequência, já não existe mais cumplicidade. Por outro lado os envolvidos também não se odeiam. Por que este tipo de relação  perdura por ano s? Acredito que um forte fator seja a dependência afetiv

Os Afetos!

       Espinosa foi um filósofo congruente, viveu de forma simples. Aceitou o banimento, aceitou  ser considerado  mil vezes maldito. Aceitou a vida simples  de um Polidor de lentes. Mas, apesar de morrer jovem  deixou um legado para humanidade. Neste pequeno texto vou abordar a ideia  de afeto em Espinosa.        Espinosa afirmou que existia bons e maus afetos. (Afeto no sentido de afetar e ser afetado). Espinosa também definiu conatus como desejo, impulso de vida. (A meu ver existe uma semelhança entre conatus e vontade de schopenhauer). Portanto,a alegria está associado a bom afeto, enquanto tristeza está associado a mau afeto.   Espinosa define alma como um atributo do modo pensamento. Esta alma tem a capacidade de formar imagens das afeções do corpo. O corpo é um atributo do modo extensão. Assim a  alma está ligada ao subjetivo que para Espinosa é impensável pelo outro. Mas, todos são atributos de Deus, ou natureza, visto que nada existe fora de Deus.     Desta forma, surgem

SÓ!

    Jiddu Krishnamurti nos alerta sobre a  importância do ente humano aprender a caminhar só, (sem muletas metafísicas), eis  um belo  texto : "Vocês estão acostumados a que lhes digam o quanto vocês avançaram, qual é sua posição espiritual. Quanta infantilidade! Quem além de você mesmo pode dizer se você está bonito ou feio por dentro? Quem além de você mesmo pode dizer se você é incorruptível? Vocês não são sérios nessas coisas."      Portanto na vida, cada momento, deve ser vivido com plena atenção, pois o instante é único, ( nada existe fora da dimensão  do instante). Contudo, ele é impermanente. Assim, torna-se - á essencial uma mente atenciosa, uma mente corajosa que não dependa de muletas existenciais, para não desperdiçar o instante... Posto que, sabemos que é bem mais fácil acreditar nos dogmas, nas crenças... É bem mais fácil seguir ideias dos outros... Ser um seguidor.    Visto que no íntimo, na subjetividade deste homem, habita um medo visceral, do findar, do

Ilusão!

     O homem é um ser  aprisionado a uma terrível  ilusão, a ideia de tempo. ( O vir a ser). O homem sempre está fora do momento presente, ora se encontra no passado, ora se encontra no futuro. Tal procedimento mata o momento presente,e,  como de fato, só existe o instante, e, nada mais, o ser humano perde a única coisa que vale a pena em sua êfemera existência.         Heráclito  de Samos século V a.C já dizia: " que a vida é um fluir, um constante suceder, aqui só tem de permanente,b a impermanência ". Ele afirmava que : " um homem não entrava duas vezes no mesmo  rio, porque nem o rio seria o mesmo tampouco o homem". Hoje apesar da imensa  evolução  tecnológica, o homem continua diante o devir da mesma forma dos homens na época de Heráclito, fugindo para as memórias  ou para expectativas  imaginadas enquanto sua vida é gradativamente consumida. Não tenho dúvida que o homem morri, para esse segundo restando apenas memórias,  nada mais.       Nietzsche combate