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Relação No Limbo!

          Relação produz afetos. Digo afeto do verbo afetar. Espinosa  defendia que, "os afetos bons produziam felicidade  ( ganho de energja) e, que afetos ruins produziam infelicidades ( perda de energja). Espinosa também  defendia a existência de um desejo de vida. ( conatus)".  Conatus a meu ver tem o mesmo significado da vontade de schopenhauer e, de vontade de potência de Nietzsche. Este conatus impulsiona o ente humano buscar os bons afetos e evitar os maus.  
       A relação no limbo é uma relação  indefinida. Visto que ela é opaca, sem brilho, sem calor.Os afetos minguaram, prepondera o vazio, vácuo afetivo. Neste tipo de relação  prevalece uma profunda indeterminação, posto que os envolvidos não se  amam, o encanto desapareceu. Os ressentimentos  se agigantaram. Por consequência, já não existe mais cumplicidade. Por outro lado os envolvidos também não se odeiam. Por que este tipo de relação  perdura por ano s? Acredito que um forte fator seja a dependência afetiva ou mesmo financeira. Outro fator muito forte é o medo do novo,  do desconhecido. Por isso, é preferida a dor conbecida. 
           Na verdade o que mata a afetividade em uma relação é a certeza da posse do parceiro.Desta forma os afetos são negligenciados. Tudo vira marasmo. A chama sexual vai minguando. Então surge de forma súbita o sinal: " a indiferença do outro se agiganta." Neste ponto cada um se isola e, os diálogos se resumem a mera informações necessárias. ( pagamentos, médicos, escolas dos.filhos, etc.). Os amigos comuns só aparecem nas fotos do istagran, nas rede sociais como lembranças. Nada mais.  Então surge a pergunta, este tipo de relação pode ser recuperada? Muito difícil. Porque a chama, a química morrem primeiro. Sem química nem amizade perdura. Só a indiferença. Mas, quando existe mais vantagem na permanência da relação  passa a funcionar um pacto velado. Onde a convivência se torna um fã no maior para ambos. Mas amor, ardor são apenas coisas do passado. 

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