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Vida e Morte!

"As pessoas nascem para morrer, mas eu não nasci para morrer de medo!"
    Conversando sobre filosofia com uma amiga ela  jogou de supetão esta frase que achei bastante interessante e imediatamente resolvi elaborar um texto avaliando a frase citada. Assim a primeira parte do texto expressa  uma verdade inquestionável pois, todo ser vivo  que nascer irá morrer sem exceção, desta forma o morrer é a grande certeza existencial. O caminho do berço ao túmulo é irrevogável. Entretanto, o morrer para os demais animais que não são
autoconscientes nada representa,  por isso, não existe deus, religião para os animais, dito irracionais que nascem com uma determinação instintiva.  Assim cachorro aje como cachorro aqui, no japão, na Índia, ou  em qualquer país.
    No entanto, o homem é diferente  e o grande diferencial é a autoconsciência, sua  inteligência  que faz do homem um ser em constante superação, um constante vir a ser,  portanto o homem é singular, capaz de   desbravar o universo, realizar descobertas cientificas  em todas as áreas, como tem acontecido nos últimos cem anos. Contudo,  este homem é capaz de cometer os atos mais indignos atos, capaz de praticar crimes hediondos, genocídios  como realmente tem acontecido  em larga escala nos últimos cem anos. Assim, este ser  "inteligente", singular tem um, calcanhar de Aquiles, é saber que vai findar, tal conhecimento é o grande transtornos da humanidade, por causa desta certeza do morrer  o ente humano criou deus,  religião, céu, inferno , salvação, vida eterna, condenação eterna, tudo com um único objetivo  de aplacar o medo da morte. O homem criou também  a filosofia para compreender o viver e aprender a morrer. Contudo o medo continuou infelicitando  a humanidade, tem pessoa  que  o medo é tão desenvolvido que não admite pronunciar nem a palavra morte... E  o câncer  doença fatal  que tem dizimado grande parte  da humanidade, causa um medo descomunal  que muitos  nem o nome da doença pronunciam é um medo visceral. Para krishnamurti, sábio Hindu, o ente humano  tem um pavor  da morte por isso,  que foge tanto para Deus como para os vícios, para o sexo, eis a verdade existencial.
     Assim, a primeira parte da frase  foi comprovada, agora a segunda parte é uma demonstração  patente que o medo  não será  fator determinante da minha vid, pois, as pessoas morrem milhares de vezes antes da morte real. A alegria  nunca é total  sempre fica o aguilhão da morte lembrando-a. Mas, por que tanto medo do morrer? O medo é consequência direto da limitação do ser humano em entender o desconhecido, tudo se constitui em um gigantesco mistério...  O cognitivo do homem apesar de sua exuberância, nada sabe   sibre o desconhecido, sobre  os dogmas, as religiões também são inoperantes. Elas  não conseguiram   desbravar o  tão profundo enigma existencial, e,  diante do desconhecido surge o medo. Então o que fazer para viver sem tão pavoroso medo? Eu realmente fui  vítima deste mórbido pavor, mas através da filosofia, e, do autoconhecimento  fui elaborando minha filosofia de vida  que consiste em  primeiro não seguir o caminho da crença, porque  a crença anestesia  a consciência e, impede  a busca causando   a estagnação, quando falo crença  neste rol coloco tanto o crédulo como o ateu, dois crentes, pois enquanto o primeiro crê na existência de Deus  o se segundo crê na não existência, ambos paralisaram a busca,  estagnaram! O meu caminho é o respeito  pelo desconhecido,  é o caminho  da celebração da existência, da  vida,  com sua magia, sua exuberância.  
      Destarte, mudei o foco da morte para a vida , hoje para mim, o importante  é o viver , com intensidade cada momento, cada eternidade do instante. 

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