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Codependência!

              Codependência, para alguns síndrome, descontrole emocional, para outros doença progressiva além de incurável. Para imensa maioria da População prevalece  a desinformação, portanto, nada representa. Mas, não  importa dá nome, rotular tal transtorno, sim  compreender sua manifestação, suas características, neste texto que nada tem de  científico, abordarei a codependência  através das vivências, experiências,a assim o foco maior será no relacionamento disfuncional.
         A codependência termo usado para denominar os familiares de alcoólicos e familiares de adictos em drogas pesadas. Posteriormente este conceito  foi estendido para denominar  qualquer pessoa que mantenha relacionamentos complicados, disfuncionais, abusivos. Mas, o que é codependência ?  O termo co determina um compartilhar de alguma coisa, neste caso ocorre um compartilhar de  dependências, posto que, para  um ou mais co-dependentes existe pelo menos um viciado, adicto, um transtornado, que passa a ser a figura significativa do codependente, por exemplo : Um doente alcoólico produz vários co-dependentes como, pai, mãe, irmãos,  esposo(a), filhos, empregadores, amigos, UFA! Quanta gente ! Assim o alcoólico é um dependente do álcool, dependência base, enquanto, os familiares, amigos, são os codependentes que  possuem a dependência  de salvar, libertar o alcoólico,o outro de sua dependência base. Assim, desta simbiose de dependências  surge a manutenção da dor, do  sofrimento, das doenças, como? O alcoólico faz o codependente sentir-se vítima, sentir-se como uma pessoa boazinha, um anjo, que apesar de tudo  cuida, e quer salvar o ingrato alcoólico de sua doença...
    Portanto, o codependente nesta relação disfuncional recebe gratificação, alimenta a má fé, ou seja, uma forma de mentira que ele conta a si. Enquanto, o alcoólico recebe do codependente a super  proteção, a resolução dos pepinos, das  broncas, "Amor", dedicação.
        Todavia,este tipo de relação simbiótica é do tipo perde perde por que esta nefasta relação apenas perpetua a dor, a doença, o  caos emocional, muito sofrimento
podendo causar a morte  tanto do dependente como do codependente além de propagar a doença no seio da  família gerando dependentes e codependentes. Posto que, tal relacionamento produz abusos familiares cruéis, alimentando falsas crenças limitadoras formando um núcleo familiar de vergonha que formará  os segredos, os preconceitos, as  energias negativas que alimentam nos membros da família uma espécie de  atração magnética por pessoas  complicadas, algo como a síndrome do dedo podre que só atrai pessoa errada. Assim, codependência jamais será amor, mas através da aparência de bondade, doação, dedicação existe no codependente uma forma  velada mas poderosa de controle, haja vista,quando o dependente resolve largar o vício  o codependente pode apresentar  crise de raiva, pois, como codependente se sentiria o bom cuidador? Eis, a verdade: relacionamentos codependentes  são egoístas disfarçados de altruístas, e nada de bom produzirão. Logo, a solução é a recuperação tanto do dependente como do codependente, cada qual compreendendo sua moléstia e se cuidando não permitindo a negação preponderar e o melhor  lugar são os grupos de doze passos, onde cada pessoa se vê através do outro, além da força da mútua ajuda que permite erradicação da compulsão por controle. Entre os grupos de doze passos, o CODA ( codependentes anônimos  é o grupo  que tem obtido  excelentes resultados, haja vista,  colocar o foco no codependente em sua subjetividade, em sua recuperação, jamais no dependente, fato  fundamental para eliminar a negação  que muito dificulta a recuperação do co-dependente.

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