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Tempo e Temporalidade!

       O que é tempo?  O  tempo é um tema . complicado foi abordado por Platão, Aristóteles, Epicuro, Agostinho, Kant, Haidegger, Nietzsche, Sartre, entre outros. Platão defini o tempo como um atributo do mundo da caverna ( mundo das sombras).  Posto  que,  no mundo das ideais, a eternidade predomina. Já  Aristóteles  defini o tempo como uma aporia, (aquilo que não tem solução). Aristóteles  em seu livro quatro da física salienta que o tempo é uma interminável sucessão de instantes, ou seja, cada instante é único e solitário. Só  uma inteligência  coordena o mundo harmonioso e perfeito dos intermináveis instantes.
     Epicuro salienta o tempo do prazer. Aquele momento onde tudo se unifica e não existe separação  apenas o prazer... Mas não é um hedonismo vulgar, consumismo defendido por Epicuro, sim aquela aquela alegria da alma ao vislumbrar a simplicidade da vida.
      Agostinho em seu livro onze das Confissões, fala sobre o tempo é a temporalidade, separando o tempo de Deus e o tempo dos homens. O tempo de Deus é o pleno presente, (eternidade), já o tempo dos homens é uma sucessão de presentes,  mas não simultâneos,  uma vez que, só a eternidade é não sucessória. Como ocorre  a temporalidade em Agostinho? Ocorre da seguinte forma: Passado presente, futuro presente, presente presente. Posto que, quando relembro algo, estou presentificando  aquele passado. Da mesma forma, quando imagino algo que poderá acontecer daqui um tempo, estou presentificando o futuro. E quando estou atento a algo que está ocorrendo agora estou presentificando o presente. Agostinho  afirmou sobre o tempo : "Quando escuto uma explanação sobre o tempo aprendo tudo, mas quando vou falar sobre o tempo nada sei".
       Kant em sua Crítica da razão pura, introduz um elemento diferente,contrariando em parte os empiristas. Kant afirmou que "existem no homem conhecimentos puros, (não dependem da experiência") são os conhecimentos apriorístico, (espaço, tempo, casualidade) os mais importantes. Portanto, homem não necessita da experiência para saber sobre o tempo, uma vez que, tal conhecimento, tal visão é inata. Jiddu Krishnamurti  divide o tempo em tempo do relógio e tempo psicológico. O tempo do relógio é  real' dividido em dias;semanas, meses, anos. Já o tempo psicológico representa a ideia de vir a ser, o pensamento, que sai do agora para o passado ou para o amanhã gerando medo. Por exemplo, descubro que sou mentiroso, logo imagino que deixarei de ser mentiroso, esta ideia de que vou deixar de mentir é tempo psicológico.
         Heráclito de Samos século v a. C  defendia que tudo é devir, impermanência esta impermanência é expressão da temporalidade. Portanto, o homem vive diante uma dança temporal que como afirmava a mitologia devora tudo  nada escapa.

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