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Vida!

        A fé mitíca ou religiosa é  um instrumento utilizado pelo ente humano para superar o medo da morte. Só os humanos pensam sobre seu findar. Os demais seres vivos não pensam ou questionam a possibilidade do findar, visto que para eles a morte não existe como certeza cognitiva.
      Sócrates, pai da filosofia, afirmou: " filosofar é aprender a morrer"... Portanto, devido os humanos saberem  sobre a sua  morte dois costumes foram implantados: sepultar os mortos, cultuar dinvidade. Assim, a fé religiosa busca validar o dogma criacionista que determina a origem divina do homem.  Eis, um dogma muito arrogante, visto que primeiro o homem deixa de ser um animal  como os demais e, passa a ser filho de Deus, posto que  filho de Deus tem, com certeza todos atributos de Deus...  Assim, além de superar o medo do findar este dogma dota o ente humano de uma natureza divina.
       No entanto, mesmo com o dogma criacionista  o homem continua medroso, apavorado com seu findar. ( com exceção  dos fanáticos, fundamentalistas religiosos). Eis um fato.  Então que caminho seguir? Do ateísmo ou do teísmo? A meu ver  nem um destes caminhos contemplam a tão desejada  verdade.  O teísmo por ser apenas uma fé  simplista, onde tudo é resolvido através  da fé. O ateísmo porque coloca a não fé como certeza absoluta, desta forma se transforma em fé.Tudo se resume em fé em Deus e, fé em não Deus. Então qual o melhor caminho? Tem uma coisa que é verdade, ninguém  pode contestar, a vida...  Ela pulsa, vibra quer se manter... Schopenhauer a denominou de "vontade". Nietzsche de vontade de potência. Sartre estudou a vida negando o antes, ou seja, o homem veio do nada. Nietzsche  não se preocupa  com o depois... Não se preocupa  para onde o homem vai... Assim, Sartre elimina a origem. Nietzsche  elimina o destino. Eu defendo o durante.  Não me preocupo com minha descendência, tampouco para onde vou. Me preocupo com o que faço da vida agora enquanto estou vivendo. Defendo viver bem não por causa de fé em algo fora de mim. Defendo viver não por causa da morte. Defendo viver bem por causa da vida. Por causa de sua força, por causa de sua magia.

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