A fé mitíca ou religiosa é um instrumento utilizado pelo ente humano para superar o medo da morte. Só os humanos pensam sobre seu findar. Os demais seres vivos não pensam ou questionam a possibilidade do findar, visto que para eles a morte não existe como certeza cognitiva.
Sócrates, pai da filosofia, afirmou: " filosofar é aprender a morrer"... Portanto, devido os humanos saberem sobre a sua morte dois costumes foram implantados: sepultar os mortos, cultuar dinvidade. Assim, a fé religiosa busca validar o dogma criacionista que determina a origem divina do homem. Eis, um dogma muito arrogante, visto que primeiro o homem deixa de ser um animal como os demais e, passa a ser filho de Deus, posto que filho de Deus tem, com certeza todos atributos de Deus... Assim, além de superar o medo do findar este dogma dota o ente humano de uma natureza divina.
No entanto, mesmo com o dogma criacionista o homem continua medroso, apavorado com seu findar. ( com exceção dos fanáticos, fundamentalistas religiosos). Eis um fato. Então que caminho seguir? Do ateísmo ou do teísmo? A meu ver nem um destes caminhos contemplam a tão desejada verdade. O teísmo por ser apenas uma fé simplista, onde tudo é resolvido através da fé. O ateísmo porque coloca a não fé como certeza absoluta, desta forma se transforma em fé.Tudo se resume em fé em Deus e, fé em não Deus. Então qual o melhor caminho? Tem uma coisa que é verdade, ninguém pode contestar, a vida... Ela pulsa, vibra quer se manter... Schopenhauer a denominou de "vontade". Nietzsche de vontade de potência. Sartre estudou a vida negando o antes, ou seja, o homem veio do nada. Nietzsche não se preocupa com o depois... Não se preocupa para onde o homem vai... Assim, Sartre elimina a origem. Nietzsche elimina o destino. Eu defendo o durante. Não me preocupo com minha descendência, tampouco para onde vou. Me preocupo com o que faço da vida agora enquanto estou vivendo. Defendo viver bem não por causa de fé em algo fora de mim. Defendo viver não por causa da morte. Defendo viver bem por causa da vida. Por causa de sua força, por causa de sua magia.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário e sugestão ,muito nos honra seu acesso ,Seu comentário é nossa melhor forma de melhorar as postagens, obrigado!