No livro memórias póstumas de Bras Cubas, Machado de Assis colocou uum capítulo deveras interessante: "o menino é o pai do homem". Observando com muita calma tal capítulo, me deparei com uma narrativa existencial de um menino deveras danado. Toda narrativa ocorre para justificar que se o menino não era lá essas coisas, tal fato justificava o homem que surgiu deste menino. Este homem viveu, sem jamais comprar o pão com suor de seu rosto. O homem que não conseguiu ser ministro e, tampouco gerar filhos. Nesta narrativa fica evidente que o menino (criança) está contido no homem.
De forma oportunista pego o título deste capítulo para filosofar um pouco... Assim, afirmo que o menino não desaparece em definitivo. Logo o adulto e o velho traz trancafiado em sua subjetividade uma criança, que apesar de esquecida permanece viva. Não tenho dúvida que na infância são formadas as regras existencias que predominarão durante toda existência. Do menino surge o homem! Portanto, um menino abusado, poderá surgir um homem abusador... Um menino mimado surgirá um homem fraco... Visto que a base do caráter se encontra nos valores incorporados pelo menino, (criança) através da educação. O homem é consequência do menino. Não podemos separar o menino do homem, posto que apesar das transformacões físicas, mentais, emocionais, cognitivas ocorridas, a criança se mantém silenciosa, muitas vezes raivosa na subjetividade do homem. A maioria acredita que aquele menino não mais existe, aquela menina não mais existe... Ledo engano! A criança viverá enquanto o homem viver. Portanto, aprender aceitar, amar a criança interior é o melhor método de encontrar a paz interior.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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