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O Menino É O Pai Do Homem!

      No livro memórias póstumas de Bras Cubas, Machado de Assis colocou uum capítulo deveras interessante: "o menino é o pai do homem".  Observando com muita calma tal capítulo, me deparei com uma narrativa existencial de um menino deveras danado. Toda narrativa ocorre para justificar que se o menino não era lá essas coisas, tal fato justificava o homem que surgiu deste menino.  Este homem  viveu, sem jamais comprar o pão com suor de seu rosto. O homem que não conseguiu ser ministro e, tampouco gerar filhos. Nesta narrativa fica evidente que o menino (criança) está contido no homem.
       De forma oportunista pego o título deste capítulo para filosofar um pouco... Assim, afirmo que o menino não desaparece em definitivo. Logo o adulto e o velho traz trancafiado em sua subjetividade uma criança, que apesar de esquecida permanece viva. Não tenho dúvida que na infância são formadas as regras existencias que predominarão durante toda existência. Do menino surge o homem! Portanto,  um menino abusado, poderá surgir um homem abusador... Um menino mimado surgirá um homem fraco... Visto que a base do caráter se encontra nos valores incorporados pelo menino, (criança) através da educação. O homem é consequência  do menino. Não podemos separar o menino do homem, posto que apesar das transformacões físicas, mentais, emocionais, cognitivas ocorridas, a criança se mantém silenciosa, muitas vezes raivosa na subjetividade do homem. A maioria acredita que aquele menino não mais existe, aquela menina não mais existe... Ledo engano! A criança viverá enquanto o homem viver. Portanto, aprender aceitar, amar a criança interior é o melhor método de encontrar a paz interior.

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