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Fumaça!

          A vida, os acontecimentos    que se interligam. Tudo fluindo. Passando.   Me faz  lembrar a  fumaça fazendo pequenos círculos, e,    gradativamente     sumindo... Eis, o que sinto sobre   minha vida,     meu viver.     Uma     interminável           série de lembranças                 de  acontecimentos que  findaram,      ou         que findarão um dia,                              só restando  apenas   reminiscências,        umas agradáveis, e     outras nem tanto,     outras até funestas, nada mais..                             Eis o que se resumiu              sessenta e sete anos de vida.           Apenas memórias.    Algumas serão dissolvidas  ainda em vida, outras após  minha morte. 
       Portanto,  apesar da autoconsciência o homem nada    pode diante o inevitável  suceder. Ele    é  parte     momentânea do processo, ( digo momentânea porque um dia ele também  findará ). Mas o     que é este ser       ciente do processo  de viver?
Sartre o denomina de nada.  Apenas uma  consciência         em busca do futuro, um constante sair de si...   Heideeger  define este ente              como um ser que morre, presença...
      No entanto, tal processo de buscar de jogar-se em busca      do amanhã   ocorre apenas como    jogo mental, processo do pensamento que        impotente queda-se diante    a       transitoriedade do que está acontecendo.     Deixando o ente humano abraçado ao eterno nada.
        Não                  obstante sua pretensa inteligência o               homem   teme, e se angustia   profundamente         diante este contante vir a ser,         transformar-se,      esta nuvem de fumaça. Assim,           com a finalidade de      aplacar           seu medo visceral ele         usa a crença         em  um mundo no pós morte,  este          mundo é estático.   Nada muda.          Felicidade   é para sempre. Amor para sempre.        Vida para sempre.                    Nada de fumaça. Nietzsche chamou       este processo  de niilismo.          (Negar  o mundo da vida, o mundo                 dos amores,    mundo da vida,         com a solene promessa de uma vida pós morte sem mudança, onde tudo ficará eternamente estabilizado).
      Do exposto,        fica evidenciado  que neste     mundo a ideia de Heráclito   de  Samos          ( século VI a.C) prevalece, ou seja,   a mudança. Posto que  neste plano  tudo vira fumaça, nada escapa. 

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