Pular para o conteúdo principal

Mentira!

           Existem    duas formas de  mentir. Mentir para  o outro.       Mentir   para si mesmo.
   Mentir para o outro -     é o processo de obstruir a verdade de alguém       visando obter proveito de uma certa  situação,  ou buscar deliberadamente criar        um fato inexistente para lograr algum proveito, ou visando prejudicar alguém,       ou mesmo para proteger uma pessoa. Mas, o trágico da mentira é a condenação do   mentiroso  ao ato de mentir, haja vista,       a   mentira proferida obrigar o       mentiroso a mentir sempre que o assunto for  abordado. Por isso, que o dito popular assegura,      " é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo". Posto que de tanto ter que repetir a mentira, um dia falseia, escorrega,   então a mentira é desmascarada.  Desta forma,                  o mentiroso perde sua integridade           e, por consequência   sua        confiabilidade.
       No entanto               existem    pessoas que banalizam a mentira.           Tem quem mente por  brincadeira! Tem quem  mente com  finalidade de evitar      uma tragédia!  Tem quem mente por medo!     Tem quem  mente por hábito. Mas,    não importa se a mentira é leve ou pesada.     Se é pequena ou grande.            Porque tudo  é mentira e todos  são mentirosos.     A mentira causa imenso constrangimento      ao mentiroso. Logo o bom mesmo é não     mentir. Não porque é pecado.                Não porque vai desagradar a Deus.    Mas, porque mentir elimina algo                    muito importante nas relações, a integridade.        Contudo, aqui cabe           aquela maravilhosa  frase proferida    por Cisto: " aquele que nunca mentiu atire a primeira pedra".  Quem  na vida não mentiu?              Portanto nesta     área todos             têm     telhado de vidro.
      Mentir a si mesmo -                      Sartre denominou de má fé,              este aspecto  da mentira.                   Na má fé não existe a  dualidade,        a pessoa que mente, e a pessoa enganada.     Mentir a si mesmo é um  processo nefasto,              que tem por finalidade justificar algum erro,        algum  comportamento inadequado, racionalizar com a finalidade de eliminar a culpa,    ou para acalmar a consciência      por causa de algum comportamento           antiético. Por exemplo: "um político ladrão  visando  justificar seu comportamento   desonesto  elabora um estória onde seu erro,        seu  comportamento imoral é transformado em uma ação meritória,  pois o roubo foi para facilitar a manutenção    do seu partido no poder, mas a real verdade é que o político é um ladrão. Um pai raivoso espanca seu filho,     para acalmar sua consciência,sua culpa,                afirma, bati para seu bem".
          No plano ético o         ato de mentir é repudiado por toda sociedade,toda  moral, ou religião.      Sartre em sua obra prima,o Ser e o Nada, salienta que "má fé é como mentir a si mesmo".                   Mas qual diferença entre mentir a outrem,ou mentir a si mesmo? A primeira conclusão  é que mentira é sempre mentira,tanto faz mentir a outrem, ou a si.           No caso da mentira direcionada a alguém       ocorre um duplo desvio moral; (o primeiro desvio é o ato de mentir em si.O segundo desvio é o dano causado a outra pessoa). No entanto mentir a si perpetua a inconsciência sobre o erro praticado. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O HOMEM É UM CADÁVER ADIADO! FERNANDO PESSOA.

       O poeta Fernando  Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase  extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade.        No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo  desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano.       Assim, não aceito que o homem seja

Dor De Barriga Não Dá Uma Vez Só!

      Os ditados  têm um  poder de síntese fabuloso, uma vez que,  eles conseguem com uma frase curta demonstrar verdades variadas, abrangentes, neste provérbio, dor de barriga não dá uma vez só, representa que é importante a pessoa respeitar e honrar seus compromissos. Representa uma alerta afirmando que  uma necessidade não acontece só uma vez. Salienta a necessidade do homem compreender que nunca se sabe sobre o que vai acontecer, assim hoje a pessoa pode está por cima, se dando bem, em outro dia passando necessidade. Portanto cuidado, com a arrogância.          Este dito é também um convite a humildade, visto que ele nos convida a não nos encantarmos com as conquistas do agora ao ponto de deixarmos de lado quem um dia nos ajudou. Sempre é bom vivenciarmos a gratidão, nunca esquecendo quem no passado nos ajudou em qualquer aspecto de nossa vida, não só sendo grato mas acima de tudo demonstrando  nossa gratidão. Tal atitude é fundamental para mostrar ao outro nosso caráter, nossa d

As Três Perguntas Da Esfinge!

      Mito da esfinge é uma forma de fazer o homem se questionar sobre sua origem, sua identidade  e seu destino.  Eis as três perguntas: 1) De onde venho? Eis uma pergunta importante, uma vez que não saber de onde vem, implica não sabe quem é. Logo esta pergunta visa possibilitar que o homem defina sua origem. Sartre respondendo esta  pergunta diria: " venho do nada."  Se Santo Agostinho respondesse diria: "sou filho de Deus". Se um gnóstico  respondesse  diria: " sou um microcosmo onde habita uma personalidade natural, e uma centelha divina que se localiza no coração. "O homem comum ficaria,talvez, atônito, e, afirmaria: nada sei". 2) Quem sou eu? Tem quem se identifique com o corpo. Acredita que ele se resume  ao corpo. Tem quem adora seu corpo. No entanto o corpo envelhece, perde sua flexibilidade, enruga, eis o drama do narcisista. Tem quem acredita que é sua inteligência, seus títulos, suas posses, já Outros acreditam nos ensinamentos religios