De minha relação com meu pai e mãe, não herdei nenhum transtorno, revolta, nenhuma recordação me machuca, sei em minha maturidade, que sou o responsável por tudo que ocorreu em minha vida. Também nenhuma recordação me enche de alegria, aliás, parece que o tempo devorou todo meu passado. Nenhum acontecimento de minha vida me sacode, me emociona.Tenho reminiscências, mas não sou saudosista... tempo bom, para mim, é o que estou vivendo. Toda minha vida até hoje, foi consumida, e, dela nada restou, a exceção de algumas lembranças. Mas não quero tornar a viver cada momento, tampouco desejo esquecer, apagar de minha memória.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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