Michel Foucault salienta: "O poder é uma relação, não é uma coisa." Foucault pensador,psicólogo, filósofo irrequieto, tentou o suicídio várias vezes,durante sua vida padeceu de problemas emocionais,no entanto, contestou frontalmente os métodos e os hospícios, que para ele, só serviam para ocultar os gritos dos loucos, desocupados,excêntri-
co,que eram excluídos da sociedade.
Foucault foi um questionador professor,conferencista, que faleceu aos cinqüenta e sete anos no auge de sua produção intelectual. Foucault não via o poder como algo centralizador, através de um chefe poderoso, dominador, ele observava o poder como relações cotidianas na vida social . Assim, o poder não tem um rosto,ele é amplo,vasto, portanto, ninguém escapa de seus tendões poderosos: as pessoas, os políticos, os intelectuais, a própria estrutura política, o estado. Postos que, o poder é relacional,ou seja, é aplicado fundamentalmente através das relações.
Assim,uma placa ordenando, não pise na grama,não tem rosto,não tem uma autoridade ao lado da placa ,mas as pessoas obedecem, da mesma forma uma câmara é uma demonstração da difusão da autoridade. O que ocorreu em relação ao poder em nossos tempos? Na sociedade pós moderna o poder é impessoal,portanto, podemos afirmar que ocorreu um deslocamento do estado político tradicional idealizado por Robert Lock,para as relações, onde o próprio estado é atingido pelo poder, eis um poder sem poderoso,dominados sem dominadores, assim,fica evidenciado que existe realmente são práticas de poder nas mais diversas teias de relacionamento social.
Ademais, é interessante observar como uma informação social ,um discurso ,se robustece passa a ter cunho de verdade,portanto transforma-se em prática de poder, isto é constante na sociedade pós moderna. Pôr exemplo , a Dilma após eleita anunciou medidas contrárias a suas propostas de campanha, a propagação nas redes sociais em poucos dias derreteu sua popularidade,eis o poder sobre um poderoso,eis uma prática de poder.
Desta forma,em todo segmento da estratificação social existe prática de poder,é inevitável, como poderemos comprovar nesta citação: "O poder deve ser analisado como algo que circula, ou melhor, como algo que só funciona em cadeia. Nunca está localizado aqui ou ali,nunca está nas mãos de alguns, nunca é apropriado como uma riqueza ou um bem. O poder funciona e se exerce em rede. Em suas malhas os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de exercer este poder e de sofrer sua ação , nunca são um alvo inerte, ou consentido de poderiam, são centros de transmissão ". ("Soberania e disciplina", In Microfísica do Poder, pg183).Não temos a menor dúvida na mudança paradigmática sobre o poder, pois na antiguidade,na idade média até meados do século XX o poder era, digamos identificado,hoje é difuso na imensa capilaridade das redes sociais.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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