Vivo em uma época que Deus perdeu força, (apesar dos milhões ,ou mesmo bilhões de religiosos e fundamentalistas).Contudo, a igreja não conseguiu manter seu imenso poder, pois o homem libertou-se do ferrenho medo da condenação eterna, e a ciência foi gradativamente colocando por terra, as estapafúrdias teorias religiosas.
Não tenho a menor dúvida sobre a confirmação das proféticas palavras de Nietzsche que afirmou de forma contundente que Deus estava morto. Mas, quem matou Deus? até a idade média o homem era atormentado com a ideia do pecado, pois, Deus para este homem era um ser autoritário, cruel, vingativo que não tinha comiseração. Condenava por toda uma eternidade um ser que pecou por quarenta ou mesmo sessenta anos. Observando os escritos de Santo Agostinho,deparei-me com um homem amargurado, cheio de culpa e medo , com a obsessão do pecado. Em sua obra confissões ele chega ao cúmulo de afirmar que um recém nascido já era pecador, já sentia inveja,pasmem! Este homem via pecado em tudo. Blaise Pascal era também um atormentado com a ideia de morte pecado e condenação.
Na pós modernidade Deus perdeu seu poder, a religião perdeu bastante sua força ameaçadora . Tal fato ocorreu devido ao iluminismo , e desconstrução de Nietzsche com sua ruptura com os "valores". Portanto, mesmo que o homem continue a praticar religião sem deus através do comunismo, momentos sociais, atualmente o ente humano não está tão ligado ao medo do inferno.
Respeito toda prática religiosa, não seguro a bandeira do ateísmo, haja vista, que ateísmo é uma espécie de fé , só que o ateu tem fé no não deus. Minha visão é a seguinte : Não acredito em deus antropomórfico; não acredito em dogma criacionista, tampouco em salvação eterna, ou condenação eterna;não acredito em culpa, pecado,em julgamento final;não acredito que o homem tenha a menor condição para desbravar o imensurável. No entanto, acredito que boas ações geram boas energias , formando um campo astral favorável; acredito que viver bem , e praticar o bem é bom demais; acredito o medo jamais produzirá algo dr positivo; acredito na importância do amor entre os homens; acredito que é fundamental a pessoa celebrar a vida, celebrar o agora e reverenciar o mistério, aceitando-o sem procurar desvendá-lo;acredito que a vida é tudo , sem ela nada.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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