Não vou analisar, tampouco explicar o enunciado de Wittgenstein fundamentado em sua filosofia,no entanto em respeito ao grande filósofo apresentarei algumas informações sobre sua vida,dificuldades e sua genialidade.
Wittgenstein nasceu em 26 de abril de 1889 na Austria,e, morreu em 29 de abril de 1951.Durante sua vida sofreu crise depressiva,possuidor de um temperamento difícil,tentou viver em isolamento, pensava em sempre em suicídio, abriu mão de sua herança em favor de suas irmãs. Sua família foi marcada por tragédias, haja vista, que três irmãos,(dos quatros que tinha),se suicidaram. Apesar da inteligência dele e dos irmãos a saúde emocional deles era muito frágil,pois além dos suicídios de seus irmãos, Wittgenstein, também cogitou o suicídio, tal fato,já demonstra um grande desequilíbrio emocional. Outra dificuldade do filósofo foi sua homossexualidade,não tão bem assimilada, no entanto, nada impediu sua genialidade, que aflorou quando começou a estudar matemática pura, posteriormente filosofia,tornando-se filósofo da linguagem,no entanto, é importante dimensionar as duas fase antagônicas do filósofo,formando duas filosofias da linguagem .Na primeira fase Wittgenstein escreveu seu único livro denominado de tractatus lógico philophophicus, composto de sete aforismo que explícita o jogo de linguagem através das regras,e da intencionalidade,onde cada palavra é associada a um objeto, coisa,etc. Na segunda fase com as investigações filosóficas publicado pós morte em 1953,nesta fase Wittgenstein contraria o tractatus formando uma nova filosofia, coisa de gênio.
Mas,o que significa ? O que não podemos falar,devemos calar.Avaliando esta frase pela visão metafisica, fica evidente o seguinte aspecto, o homem diante o imenso mistério existencial, diante a impossibilidade de desbravar o desconhecido,e explicá-lo de forma lógica,evidente, deve silenciar,no lugar de criar teorias infundadas. Silenciar e respeitar sua incapacidade cognitiva.
Avaliando a frase em questão, pelo ângulo moral,pode-se concluir que nem tudo deve ser dito sobre alguém, intituições,principalmente quando não se tem absoluta certeza,e, porque mesmo com convicção da verdade,mas, que ao falar causará danos a outras pessoas, ou quando o falar surge apenas da vontade de diminuir,humilhar ou prejudicar. Nestes casos é mais nobre o silenciar.
Portanto, tal frase pode ser usada como uma sinalização de prudência, humildade,e em nosso tempo,(pós modernidade), porque, o que deve prevalecer é aceitar o outro sem preconceito, mesmo sendo diferente em todos os aspectos.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
O que não se pode falar é justamente aquilo que é impronunciável. Por exemplo, a exata cor que uma pessoa vê. Isso não é exprimível. Podemos, no máximo, falar algo sobre as palavras que compartilhamos, como "azul turquesa", por exemplo, mas nunca a riqueza da experiência privada. A experiência privada, se é que há alguma, é impronunciável. E sobre o que não podemos falar, devemos calar. Falemos somente das propriedades intersubjetivas ou da parte intersubjetiva da experiência. Não sei se Wittgenstein fala da humildade em calar. Mas em não proliferar teorias linguísticas sobre esses aspectos impronunciáveis da experiência. Eles não fazem parte da linguagem. Falamos apenas do que é público...
ResponderExcluirRodrigo obrigado por seu comentário, concordo com sua visão.Seu comentário foi esclarecedor. Abraço Walter Castro.
ResponderExcluirRodrigo obrigado por seu comentário, concordo com sua visão.Seu comentário foi esclarecedor. Abraço Walter Castro.
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