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Felicidade!



           Ser feliz, anseio maior da humanidade. Mas, bem poucos conseguem perceber  quando

Estão  felizes. Por quê? Porque o homem confunde prazer com felicidade. Assim, perde o essencial, posto que, prazer é resposta momentânea a algum  estímulo, enquanto felicidade é estado de ser, onde prepondera o equilíbrio,(Como muito bem definiu Aristóteles).

          Felicidade nada tem a ver, com prazer, haja vista, que prazer sempre ocorre como resposta a algum estímulo, é superficial. Pode ocorrer mesmo diante a infelicidade. Já a felicidade ocorre na subjetividade humana, representa a consciência do dever cumprido,  a realização dos ideais, a liberdade interior, sem nada querer agarrar, mas, apenas celebrar cada momento, geralmente a pessoa feliz vibra uma energia positiva, e de boa qualidade . Portanto é fundamental não confundir felicidade com prazer. Porque, apesar do prazer produzir uma sensação boa, que proporciona uma falsa ideia de felicidade, sua principal característica, é ser efêmero, portanto, não  perdurar por muito tempo. Quando finda deixa uma sensação de perda, de insatisfação, ampliando as tribulações, adversidades gerando inquietação, preocupação, insatisfação, além de que ao findar o prazer deixa um rastro de imensa frustração.
             Aristóteles que viveu na Grécia no século V a. C definiu felicidade, (que ele a denominava de  eudaimonia),  como: o equilíbrio entre dois vícios, o vício do excesso , e o vício da escassez, ou seja , o caminho do meio. Gostei desta definição,  porque associa felicidade a uma prática do equilíbrio em todos os aspectos, nada de excesso, nem para mais, nem para menos. Tal definição contempla a sobriedade das ações, eliminando os nefastos impulsos, que causam imensos prejuízos emocionais, espirituais, e até financeiro.
         No entanto, mesmo o moderado padece da angústia existencial, pois,  neste plano, ninguém  escapará  do medo, das provações, porque a autoconsciência, e a transitoriedade da vida são fatores causadores do estresse. Portanto, o importante é não desejar ser sempre feliz  porém,  perceber cada momento feliz (por menor que seja),e celebrar esta felicidade sem querer retê-la, haja vista, que  ao segurar à felicidade, ela  simplesmente desaparece. Compreender que o importante sempre é a vida que está sendo vivida agora, assim, viajar na temporalidade, para o passado, ou para o futuro, só causa prejuízo,  posto  que, desperdiça o agora, a única vida que faz sentido, porque é real, concreta.

          Todavia, sei que é bem mais fácil  buscar o prazer acima de tudo, ser um hedonista, mas todo prazer deixa um gosto amargo,  porque finda rápido ,é transitório. Não adianta buscar outro prazer, ele findará também! Assim, celebre o prazer, mas também celebre a dor, viva cada momento sorvendo gota a gota, sem pressa, apenas saboreando cada instante.


           


 

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