Não nutro ilusões sobre o viver para mim,tudo caminha para o fim, no meu caso espero, quando acontecer que seja breve.Não tolero sofrimento.
Compreendo que cada ente humano é um solitário existencial, ou seja, apesar das relações, o homem é em sua subjetividade um ser solitário, impenetrável, ninguém, nenhum ser vivo pode desvendar a alma humana, tudo ocorre no mais profundo sigilo mental, emocional, espiritual.Eis a solidão existencial.
Ademais, além da certeza do findar, além da solidão existencial ocorre a angústia permanente, diante a total impossibilidade lógica sobre a morte, e o pós morte.Assim o ser humano criou as religiões, os dogmas, a ideia se salvação eterna.Mas, uma verdade persiste, o nascer para morrer, a total ausência de controle do homem sobre sua respiração; funciomento dos órgãos,sobre quanto tempo viverá.Na verdade sinto na minha vida a total falta de comando, sou um ser, apesar do atributo da auto consciência,sou vulnerável,frágil,só tenho algum poder sobre a minúscula partícula denominada, instante, só no agora que posso fazer escolhas, execer minha liberdade, mas sobre o amanhã, nada posso, sobre o passado nada posso.
Mas, mesmo sobre o agora meu poder é limitado, é perante algumas coisas, outras não,portanto nada posso sobre outro, mesmo no agora, tudo que consigo, com o outro é só por concessão; não escolho meus sonhos, não escolho ser feliz, ou ser angustiado, porque a felicidade simplesmente acontece, como a angústia. No entanto, o homem é arrogante, se acha o máximo, e se admira quando alguém morre! Parece que a morte, mesmo sendo inevitável, certa, é sempre mantida distante. Assim, este texto, com certeza, será julgado como pessimista, mas prefiro denominá-lo realista.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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