" A ‘ansiedade’ descreve um estado particular de esperar o perigo ou preparar-se para ele, ainda que possa ser desconhecido. O ‘medo’ exige um objeto definido de que se tenha temor. ‘Susto’, contudo, é o nome que damos ao estado em que alguém fica, quando entrou em perigo sem estar preparado para ele."
Este belo texto foi retirado da obra de Freud,"Além do principio do prazer".Tal texto defini ansiedade, medo, e susto. Freud defini ansiedade como uma expectativa de algo nefasto, como uma certeza do funesto. O medo é definido como uma resposta a algo concreto, algo real que desperte medo. Já o susto repesenta atordoamento diante um perigo inesperado, a surpresa.
Observando a definição de Sartre de medo e angústia fica evidenciado que Sartre define o medo como uma resposta a algo concreto, é o medo real.Por exemplo, um homem depara-se com um cão feroz, o medo surge.No entanto, após o acontecido o homem começa a pensar:o cão poderia tê-lo ferido bastante, ou pensar se ele encontrasse novamente o cão , como seria?Este pensamento após a situação, Sartre denomina de angústia.
analisando as duas definições fica evidente que a definição de sartre do medo tem o mesmo teor da definição freudiana. Portanto, não necessita maiores aprofundamento. Mas, o conceito de angústia de Sartre consegue abranger o conceito de ansiedade de Freud.No que concerne ao susto Sartre não o dimensiona, haja vista,para Sartre tudo é medo real.
Avaliando as definições de Freud e Sartre sobre o medo fica evidenciado que medo e pensamento não existem simultaneamente, pois, o medo é resposta a uma situação, geralmente inesperada, assim o medo e o susto são espontâneos, hormonais. No caso da ansiedade e angústia existe a ação do pensamento pós traumático gerando um desconforto emocional e mental, através do pensamento sobre o ocorrido gerando expectativas nefastas.
Desta forma, falar em medo mental é falso, pois a mente pode idealizar uma situação aflitiva, angustiante, mas jamais gerar medo.Ademais, geralmente só após um acontecimento inesperado que o pensamento entra em cena gerando angútia, mas durante o acontecimento o estado de não mente prepondera.Tal fato implica que o homem não tem controle sibre seus medos, mas pode trabalhar sua angústia eliminando sensações de medo elaborado. Eis, a grande sacada, observar a angústia e ansiedade.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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