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O eterno angustiado!

         O homem através da auto consciência sabe que vive, portanto, sabe que um dia findará.Eis a origem do medo.Saber que um dia morrerá é aterrador, constrangedor, portanto, o homem,  para superar tamanha ansiedade, criou deus.Criou a ideia de salvação eterna.Criou o pecado para controlar o ente humano através da culpa.
            Assim, desde a Grécia antiga, aproximadamente século X A.C que o homem cultuava seus mortos, como deus da família. Segundo Fustel de Coulangen, a religião  nesta época era familiar. Cada família tinha sua religião, adorava os seus mortos, nesta época existia a crença em uma segunda vida,mas dentro do túmulo.Após alguns séculos   surgiu na Grécia o movimento  Estoico, que acreditava no seguinte: O cosmo é perfeito; o homem é parte deste cosmo, ao morrer seria incorporado ao cosmo;não nutrir expectativas. Posteriormente surgiu o cristianismo que adaptou as ideias de Sócrates e Platão a teologia cristã, criando o dogma criacionista, um deus antropomórfico,  o pecado original para justificar a morte, o céu e inferno.A doutrina cristã superou a filosofia estóica, e com uma teologia centrada na culpa,  no pecado,  na condenação eterna, mas, garantindo vida eterna, superação da morte dominou  o mundo ocidental.
           No entanto,  apesar de ser a religião predominante no ocidente,  o cristianismo com o iluminismo perdeu espaço e poder.Mas, apesar da religião,  apesar da filosoafia, o ente humano é um angustiado, um ser que sabe que é  inevitável seu findar, assim, em sua subjetividade ocorre uma crônica angustia profunda.Na pós modernidade, prepondera um ser angustiado,  inquieto, consumista, compulsivo em tecnologia da informação,enfim, o mesmo homem  sem respostas sobre os mistérios da vida e da morte.

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