O homem através da auto consciência sabe que vive, portanto, sabe que um dia findará.Eis a origem do medo.Saber que um dia morrerá é aterrador, constrangedor, portanto, o homem, para superar tamanha ansiedade, criou deus.Criou a ideia de salvação eterna.Criou o pecado para controlar o ente humano através da culpa.
Assim, desde a Grécia antiga, aproximadamente século X A.C que o homem cultuava seus mortos, como deus da família. Segundo Fustel de Coulangen, a religião nesta época era familiar. Cada família tinha sua religião, adorava os seus mortos, nesta época existia a crença em uma segunda vida,mas dentro do túmulo.Após alguns séculos surgiu na Grécia o movimento Estoico, que acreditava no seguinte: O cosmo é perfeito; o homem é parte deste cosmo, ao morrer seria incorporado ao cosmo;não nutrir expectativas. Posteriormente surgiu o cristianismo que adaptou as ideias de Sócrates e Platão a teologia cristã, criando o dogma criacionista, um deus antropomórfico, o pecado original para justificar a morte, o céu e inferno.A doutrina cristã superou a filosofia estóica, e com uma teologia centrada na culpa, no pecado, na condenação eterna, mas, garantindo vida eterna, superação da morte dominou o mundo ocidental.
No entanto, apesar de ser a religião predominante no ocidente, o cristianismo com o iluminismo perdeu espaço e poder.Mas, apesar da religião, apesar da filosoafia, o ente humano é um angustiado, um ser que sabe que é inevitável seu findar, assim, em sua subjetividade ocorre uma crônica angustia profunda.Na pós modernidade, prepondera um ser angustiado, inquieto, consumista, compulsivo em tecnologia da informação,enfim, o mesmo homem sem respostas sobre os mistérios da vida e da morte.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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