Blaise Pascal matemático, inventor, filósofo, nascido na França em 1623, falecido em 1662. No entanto, apesar de sua "inteligência, " e erudição, Pascal viveu atormentado pela ideia do pecado, da condenação eterna, (do fogo do inferno). Movido pelo medo Pascal desenvolveu um raciocínio lógico, para defender sua tese: "Se o homem crê em Deus, e esse Deus não existir, este homem no pós morte não estará presente para sentir-se logrado, mas, se Deus existir ele gozará da vida eterna, e evitará o inferno ). Eis, a aposta de Pascal. Na verdade ao propor tal ideia Pascal demonstra, a priori, um sentimento atormentado pelo medo da condenação de "Deus". Eis um fato.Mas além deste medo fica evidente uma ideia de mercantilismo "religioso", assim, neste caso o importante era que atitude apresentava menor risco, nada de amor incondicional, de espiritualidade.
Contudo, é importante compreender Pascal dentro do contexto do século XVII, onde a religião dominava o homem por meio do medo do inferno. Assim, apesar de sua erudição para época, o medo incutido pela religião prevalecia, o filósofo sucumbiu diante o medo, como aconteceu com santo Agostinho. Só no final do século XIX, que Nietzsche contestou a religião cristã denominando-a de decadente, de niilista, (niilista para Nietzsche era o ato de negar o aqui,o mundo da vida por causa de um mundo imaginário), por uma ideia portanto,Nietzsche desmascara a lógica do medo, com certeza ele chamaria Pascal de decadente, de fraco, niilista. Mas são dois séculos que separam os dois filósofos. Além de Nietzsche ser um machado derrubando todo dogmatismo.
Examinando a aposta de Pascal fica evidente dois aspectos:medo de Deus, e medo da morte, medo de Deus, porque o Deus cristão apresentado e na época era um deus punidor que não dispensava transgressão, (pecou vai queimar para sempre no inferno). Medo da morte porque a morte é certeza do fim,que representava o julgamento de Deus. Pascal não entendia Montaigne que salientava que: ("o homem precisava aprender a morrer, através da filosofia").
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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