Quem se mistura com porcos farelo come. Será verdade este dito popular ou é apenas crendice? Quem comprovou a veracidade deste provérbio? A sabedoria popular é um fato. Cresci ouvindo minha vó afirmando: "cuidado! Repetia o provérbio, não raro para ser mais enfática acrescentava mais um, "diga com quem andas, que te direi quem eis"! Estes ensinamentos passaram a fazer parte do meu mundo de convicções, quando eu estava andando com uma turma não muito boa, imediatamente lembrava dos ditados populares. Nunca examinei a veracidade desta sabedoria popular, agora já na terceira idade estes ensinamentos surgiram de forma intensa em minha memória, resolvi examiná -los. Eis o motivo deste pequeno texto, ele surgiu de mim, sem elaboração, sem preparação, sem pesquisa, é uma intuição, mas surge totalmente. Já pronto, assim me vejo avaliando algo que fez parte do meu mundo infantil, será verdadeiro tal provérbio, e se for que dizer do caráter, personalidade, livre arbítrio? Acredito que naquele momento da minha vida foram de muita utilidade, pois não era um conselho, uma orientação moralista, que eu detestava, era neutro, era como uma alerta, mas deixava a mim, o direito de observar ou não, não era um julgamento, nem tampouco uma invasão a minha importante liberdade, assim nunca fiquei revoltado com estes provérbios chegava até a gostar.
Hoje mais experiente sou plenamente a favor desta informação popular, uma vez que, sua sabedoria demostra de uma tacada só, tudo, o erro, consequências, danos, permitindo uma avaliação melhor. Evidentemente, que algumas pessoas poderiam questionar, afirmando: " é besteira, não representa a verdade, a pessoa só faz algo errado se quiser, o ser humano deve saber o que é bom para ele". Eu pergunto, será? Em toda extensão da vida o ente humano sabe realmente o que quer? Acredito que em determinado momento da vida humana a turma, o grupo é muito poderoso, tem um poder muito forte, principalmente na juventude, adolescência, e mesmo adultos fragilizados, que necessitam de aprovação. A turma é poderosa! Assim sou plenamente convicto da veracidade deste provérbio ,para enfatiza-lo, cito o filósofo Rosseau que afirmou: "O homem sozinho é bom, mas, a sociedade o corrompe", ou seja, os relacionamentos são poderosos, podem ajudar ou gerar imensuráveis prejuízos.
Atualmente os provérbios populares são pouco citados nas escolas quase não se fala, esquecimento total, mas acredite eles são o supra sumo da sabedoria. Portanto realmente não se pode desconhecer a importância do grupo, da turma na vida das pessoas, posto que, têm pessoas que paralisam suas atividades preocupadas com a opinião dos amigos, ou mesmo de pessoas estranhas. Assim, fica evidenciado a sabedoria do adágio, porque ele demonstra a importância do meio na formação do pensamento e como indutor de comportamento, principalmente para os jovens, mas até adultos que não tenham uma boa autoestima, um caráter bem alicerçado podem ser influenciados pelo grupo.
Contudo, este adágio além de demonstrar a força do grupo, salienta a importância da seleção dos grupos, da turma, pois se escolher os "porcos", com certeza, comerás farelos, claro que farelos representam nossas derrotas, adversidades, advindas do convívio com pessoas erradas. Não obstante, grande parte da população afirmar que tem força de vontade, que o homem so faz o que quer. Na prática o que ocorre é a influência efetiva do social diante o individual. Desta forma, aceitamos a veracidade deste dito popular e afirmamos que: "Quem se mistura com porcos farelo come". Até porque os amigos, a turma são escolhidos por afinidade, logo, já existe manifestada uma tendência, pois os amigos geralmente são parecidos, então fica fácil seguir o grupo.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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