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Nietzsche e as Pulsões!

    Nietzsche foi  um defensor ardoroso da vida. Portanto, para ele todo ideal era espúrio, produto dos decadentes. O ideal para Nietzsche podia ser religioso, social, político,  tinha a  mesma função combater a vida. Assim, para Nietzsche estavam no mesmo plano o cristão, e o comunista, porque enquanto o cristão prometia o céu para o homem negar a  vida.O comunista prometia uma sociedade de classe harmonizada e justa liderada pelos comunistas. Todos viviam o ideal em detrimento do real.Para Nietzsche bastava o amor fati. (Amor à vida do jeito que ela é).
      No entanto, o filósofo do martelo, o destruidor de ídolos, não defendia que a vida subjetiva do homem  fosse pacífica, uma vez que ele sabia que o homem era um  guerrear de pulsões, e para harmonizá - las, só a vontade de potência.  Nietzsche salientou que todo homem vive sob duas forças: reativas e ativas. As reativas necessitam superar, aniquilar as outras para se impor. Já as ativas se impõem sem aniquilar as demais. Nesta visão Nietzsche se equipara a Kant que em sua crítica da razão prática salienta que o homem tende para o mal, o egoísmo, e, só através da boa vontade que ele supera suas pulsões para edificar o bem. Portanto, Nietzsche defende três  teses: Amor fati, eterno retorno e vontade de potência,  todas teses eliminam o vir a ser,  rompem com o passado, e futuro além de  celebrarem  o instante, nada de Deus, de céu, de metafísica, apenas vida e pulsões, e escolhas no agora.

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