O desejo de agradar aos outros está associado a dois fatores: medo de não ser amado, necessidade de aprovação. Medo de não ser amado - quando a criança não recebe de seus pais ou cuidadores amor na hora certa e na intensidade certa passa a acreditar que deve haver algo de errado com ela, assim sua autoestima despenca, e, ela acredita que é incompleta, portanto vai buscar no outro uma forma de tornar - se completa, eis o principal motivo da necessidade de agradar o outro. Também o agradar é uma forma de controle. (Quando falo agradar ao outro estou me referindo ao agradar de forma exagerada).
Necessidade de aprovação - quando a criança descobre que não é amada por seus pais, primeiro fica com muita raiva, depois acredita que deve ocorrer algo de muito errado com ela, desta forma a criança ciente da impossibilidade de receber amor de seus pais, acredita que buscar aprovação é bem mais fácil. Esta criança torna -se -á uma compulsiva em aprovação, e, para ser aprovada ela tem que ser: boazinha, ser melhor do os Nietzsche em seu livro Aurora mostra o que faz a vontade de distinção: "conforme sua vontade. O empenho por distinção é o empenho pelo domínio do outro, seja indireto, apenas sentido ou até mesmo sonhado. Há toda uma série de graus neste domínio secretamente ansiado, e um catálogo abrangente deles equivaleria quase a uma história da cultura, desde os primeiros esgares da barbárie até os trejeitos do sobre-refinamento e da mórbida idealidade. O empenho por distinção acarreta para o outro — especificando somente alguns degraus dessa longa escada —: tormentos, depois golpes, depois horror, espanto angustiado, surpresa, inveja, admiração, elevação, alegria, serenidade, riso, derrisão, escárnio, mofa, aplicação de golpes, imposição de tormentos — aqui, no final da escada, encontra-se o asceta e mártir; ele sente o mais alto prazer". Eis o porquê surge a compulsão para agradar os outros. Mas, apesar do viciado em agradar buscar sempre agradar para ser amado ou aprovado, este tipo de pessoa acaba desagrando e por consequência sendo desaprovada, então surge a raiva e busca por mais aprovação. Só o auto conhecimento permitirá ao viciado por aprovação compreender toda esta situação e, transformar as crenças autodestrutivas por outras mais eficientes, este processo de autoconhecimento fica bem mais fácil através dos grupos de doze passos, principalmente o coda (codependentes anônimos).
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