Jiddu Krishnamurti nos alerta sobre a importância do ente humano aprender a caminhar só, (sem muletas metafísicas), eis um belo texto : "Vocês estão acostumados a que lhes digam o quanto vocês avançaram, qual é sua posição espiritual. Quanta infantilidade! Quem além de você mesmo pode dizer se você está bonito ou feio por dentro? Quem além de você mesmo pode dizer se você é incorruptível? Vocês não são sérios nessas coisas."
Portanto na vida, cada momento, deve ser vivido com plena atenção, pois o instante é único, ( nada existe fora da dimensão do instante). Contudo, ele é impermanente. Assim, torna-se - á essencial uma mente atenciosa, uma mente corajosa que não dependa de muletas existenciais, para não desperdiçar o instante... Posto que, sabemos que é bem mais fácil acreditar nos dogmas, nas crenças... É bem mais fácil seguir ideias dos outros... Ser um seguidor.
Visto que no íntimo, na subjetividade deste homem, habita um medo visceral, do findar, do morrer. Isto é um fato.
Embora, o ente humano mantenha relações, dependa afetivamente de pessoas, no íntimo na mais profunda subjetividade, ele é um solitário existencial. Portanto, Só... Também é um fato.
Contudo, a imensa maioria da humadade prefere fazer parte do bando, ser mais um na multidão...Porque o que na verdade importa para este ente humano não é a verdade, mas apenas o conforto, sufocar o imenso medo existencial.
Desta forma, o homem prefere fugir do estado de responsabilidade sobre sua existência, negar sua liberdade existencial. Criando uma essência antes da existência, como muito bem afirmou Sartre. Mas, homem se depara com uma profunda solidão existencial. Então o que fazer? Krishnamurti afirma de forma peremptória : "Que só o homem conhece sua verdade interior". Assim, o caminho mais evidente é buscar a verdade interior a cada momento, encarar o fato da morte, e, compreender que cada instante bem compreendido, bem vivido produz uma profunda liberdade interior.
Ademais, aceitar a solidão existencial, viver intensamente cada momento, sem nada agarrar são os instrumentos fundamentais para uma vida feliz... Haja a vista, a felicidade ser um acontecimento, que ora aparece, ora desaparece... Geralmente sem avisar. Quase sempre a pessoa só se dá conta quando passa. Algum tempo depois.
Todavia, quando um sentimento de presença acontece, então a felicidade aparece. Mas, o ente humano prefere seguir as "verdades" dos outros, porque o medo sempre vence, e, induz o homem o conforto das crenças...
Não obstante, tal método para superar o medo, só alimenta mais medo. Eis a verdadeira prisão espiritual. Assim, o homem precisa saber que é só, e, que a vida boa ou má é realização dele, de mais ninguém. Apesar da importância do outro para o homem, o que de fato prevalece em sua intimidade é um está só.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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