O homem definido na antiguidade, por Aristóteles, "como um animal social". Porém a relação do homem com outros humanos e animais foi, e, é marcada por extrema violência, tal fato levou Robert Locke a definir o homem como, "Lobo do homem". Portanto, Locke defendeu a criação do estado, onde o homem perderia um pouco de sua liberdade, mas ganharia segurança, poderia proteger sua propriedade. Rousseau em seu livro, o contrato Social demonstrou a necessidade do estado para proteger ,a propriedade privada, assim, o ser humano, pode administrar a relação social.
Portanto, homem por natureza necessita do outro, necessita ter sua turma, seu bando, necessita satisfazer o instinto da procriação, e por outro lado, nas relações humanas prepondera a extrema violência, isto é um fato social, e real.
Não obstante, este sentimento gregário o homem é um solitário existencial. Como um ser gregário é solitário? Importante é a compreensão de que solidão não quer dizer está só, isolado do seu bando, sua turma. Solidão define alguns aspectos: impossibilidade do homem adentrar na intimidade de outrem; impossibilidade do homem compreender a subjetividade humana; Incapacidade de sentir a dor do outro (empatia).
Incapacidade do homem adentrar na intimidade de outrem - representa o fator essencial da solidão existencial, posto que, ninguém sem exceção penetra na subjetividade do outro, mesmo morando na mesma casa, dormindo na mesma cama, por longos anos. Assim, o que o homem sabe do outro é pelo o que ele diz, e pelo o que os outros dizem através do comportamento do outro. No entanto, ele poderá avaliar a intimidade do outro. Mas sempre será uma hipótese e hipótese pode ser comprovada ou não. Na essência o homem é um sistema isolado de energias, sentimentos, que busca o outro para preencher carências de sua intimidade, mas jamais ocorrerá tal fato, porque cada intimidade é blindada. .Eis a grande questão da Solidão.
Incapacidade de sentir a dor do outro - mesmo que afirme estou sentindo sua dor, na verdade o que realmente ocorre é que o homem pensa que sabe sobre a do dor do outro, mas na verdade ele nada sabe, porque a dor é vivênciada, não idealizada. Portanto, mesmo acompanhado, amado, em sua intimidade, o homem é um solitário apesar de viver com os outros. Ninguém consegue romper a couraça que envolve a intimidade, eis a real solidão.
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