- O ente humano existe, vive e sabe que vive, ou seja, tem auto consciência, mas tal atributo acarreta medo, ansiedade, angústia existencial, posto que, sabendo que existe o homem sabe que um dia findará, mas, o ser humano quer viver sem perecer, portanto, a autoconsciência produz uma angústia existencial. Assim, o ser do homem procura de qualquer forma fugir da dor, do medo, então, foge para drogas, relacionamentos, para comida, bebida alcoólica, etc. Contudo a dor persiste, eis a grande verdade existencial, como muito bem salientou Schopenhauer:( " o homem vive no pior dos mundos").
- O drama existencial fica evidente na transitoriedade das coisas, da vida, das relações, logo, o homem tem motivos de sobra para sua angústia existencial. Mas, o que homem mais deseja é não sofrer, e ser feliz. Todavia, neste plano não existe nada definitivo, nem a própria vida. Logo, surge a pergunta como ser feliz, apesar da transitoriedade? Como encontrar a serenidade, a paz neste mundo atribulado? Aristóteles afirmou que a felicidade é o equilíbrio entre dois vícios , o vício do excesso, e o vício escassez . Assim , a mediana entre o excesso e a escassez determina a felicidade. Porque na mediana existe equilíbrio, que produz felicidade, por exemplo, entre o temerário e o covarde existe a coragem, assim, a coragem é virtude, e produz felicidade.
- No entanto, para aprender a seguir o caminho do meio se faz necessário treino e persistência. Pois, ninguém pode realizar tal empreitada por outra pessoa, contudo, a aplicação diária destas perguntas: (o quê? por quê? Como? qual?). são fundamentais, posto que, ajudam no autoconhecimento. Assim, quando a pessoa estiver avaliando seu dia, cada momento, a primeira pergunta a fazer, é, ( o que estou sentindo? O que estou negando? O que estou escondendo? etc). Tais perguntas permitem colocar o foco na real situação, permitem desmascarar à negação, à má fé, ( a mentira que se conta a si mesmo). Nada de bom poderá acontecer ao ente humano sem o real conhecimento de sua vida emocional, afetiva. Mas, após tomar ciência da real situação, começa a jornada da recuperação das emoções.
- Portanto, se faz necessário aplicar a segunda pergunta, (o por quê?). Uma vez que, Sabendo o porquê, fica mais fácil buscar melhores alternativas de recuperação. surge a melhor possibilidade da pessoa buscar a melhor alternativa para transformar a situação de caos emocional. Assim, através do porquê surgi o auto conhecimento. Neste momento é de suma importância o ser humano saber, o porquê sua angustia se manifesta, pois sem saber o porquê sua crise apareceu, o ente humano permanecerá na prisão emocional, ficará refém do contexto negativo. Mas, sabendo o porquê surge a necessidade de buscar qual alternativa melhor para transformar a situação de caos emocional. O qual representa a mudança de foco do negativo para o positivo. Colocar a escada na parede certa, ou melhor, explorar o território com o mapa certo. Tudo fica mais fácil, e a pessoa tornar-se-á mais eficaz em seu proposito de se feliz e produtivo.
- Todavia, após saber o melhor caminho, surgi o Como! Que determina a forma de modificar a situação caótica. Qual estratégia será melhor;planejar a ação elaborando metas realistas e determinando os prazos necessários para realização destas metas.Assim, como melhorar minha vida agora, apesar da situação vivenciada? Eis o caminho da proatividade, do agir no lugar de reagir.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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