A filosofia de Hegel é fundamentada no devir, na mudança. Hegel rompe com a filosofia tradicional que buscava o ser, a permanência. Hegel demonstrou que até mesmo o presente funciona como uma passagem, uma vez que cada instante vai se esvaíndo.
Portanto, o processo dialético demonstra uma alternância entre ser e não ser, (um vir a ser constante), assim, a criança torna -se-á jovem, posteriormente velha depois morre. Explicando melhor, a criança ao se transformar em jovens deixou de existir como criança, ou não Ser, no entanto o jovem é um Ser; contudo, o jovem se transforma em velho, logo o jovem deixou de ser, passou a não Ser, mas o velho é um Ser, todavia, o velho morre logo deixou de ser, mas o cadáver é um ser que vai se transformar em mútiplas processos. Este processo Hegel denominou de Síntese e antítese e ocorre por toda parte.
Não obstante, a ânsia por estabilidade, neste mundo o que realmente acontece é o constante devir.Nada de Eu permanente eterno, nada é para sempre, tudo é um processo interminável. Desta forma, a frase de Hegel demonstra muito bem a única forma de efetivamente viver o processo sem nada reter, pois começa afirmando, o que me interessa é o que é, onde se encontra o que é? É evidente que o que é está no instante,no agora, assim, Hegel é peremptório nada de passado, nada de amanhã. Ele complementa sua frase, não o que foi, tampouco o que será. Fantástico! O que foi é concluso, finalizado, é um não Ser, o futuro também é um não Ser que está se transformando no Ser, mas quando completa o processo vira um não Ser. Eis, muito por cima a filosofia do processo deste fantástico filósofo.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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