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O Que me interessa é o que é, não o Que Foi,tampouco o Que Será .(Hegel)

     A filosofia de Hegel é fundamentada no devir, na mudança. Hegel rompe com a filosofia tradicional que buscava o ser, a permanência. Hegel demonstrou que até mesmo o presente funciona como uma passagem, uma vez que cada instante vai se esvaíndo.
      Portanto, o processo dialético  demonstra uma alternância entre ser e não ser, (um vir a ser constante), assim, a criança torna -se-á jovem, posteriormente velha depois morre. Explicando melhor,  a criança  ao se transformar em jovens deixou de existir como criança, ou não Ser, no entanto o jovem é um Ser; contudo, o jovem se transforma em velho, logo o jovem deixou de ser, passou a não Ser, mas o velho é um Ser, todavia, o velho morre logo deixou de ser, mas o cadáver é um ser que vai se transformar em mútiplas processos. Este processo Hegel denominou de Síntese e antítese e ocorre por toda parte.
     Não obstante, a ânsia por estabilidade, neste mundo o que realmente acontece é o constante devir.Nada de Eu permanente eterno,  nada é para sempre, tudo é um processo interminável. Desta forma, a frase de Hegel demonstra muito bem a única forma de efetivamente viver o processo sem nada reter, pois começa afirmando, o que me interessa é o que é, onde se encontra o que é? É evidente que o que é está no instante,no agora, assim, Hegel é peremptório nada de passado, nada de amanhã. Ele complementa sua frase, não o que foi, tampouco o que será. Fantástico!  O que foi é concluso, finalizado, é um não Ser, o futuro também é um não Ser que está se transformando no Ser, mas quando completa o processo vira um não Ser. Eis, muito por cima a filosofia do processo deste fantástico filósofo.
         

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