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O Eu!

1)  o homem existe e vive,e, sabe que existe e vive;
2)  o homem sabe sobre sua vida agora, também sabe sobre o que aconteceu e, sabe o que poderá acontecer amanha;
3) O homem sabe sobre a vida do outro, sabe também o que poderá acontecer um dia, com ele e, os outros.
       Portanto só o ente humano é autoconsciente. Não obstante, este imenso privilégio, o ente humano é um ser medroso e angustiado! Por quê? Porque essa consciência que Kant denominou de a "coisa em si; e, Schopenhauer denominou de " vontade, e, Nietzsche denominou de vontade de  potência, um cueso em milagres denominou de ego".. Esta  consciência não quer findar. Porém  em sua subjetividade ela é ciente de sua transitoriedade. Eis o porquê do surgimento das religiões, "encontrar uma resposta alentadora para eliminar a terrível angústia existencial".
       Não obstante as religiões afirmarem que a vida pós morte é muito melhor do que a vida atual, a imensa maioria da humanidade continua temendo a morte e, buscando meios para ampliar sua estadia aqui na terra. Sartre filósofo existencialista declarou de forma peremptória que: " o homem não foi criado por nenhum deus". Sartre acreditava que : "a existência  precede a essência".  Segundo o existencialismo sartriano o homem é condenado a ser livre,  então este homem é o único responsável por sua vida, e, como o entre humano não tem essência herdada de um criador não existe este negócio dr natureza humana. Portanto, Sartre nega esta busca metafísica, posto que para ele o homem surgiu do nada. No entanto, nem a abordagem criacionista tampouco a ateísta libertaram o homem do medo do findar.
      Observando os demais animais fica evidenciado que eles  existem e vivem mas nada sabem sobre sua existência. Tal fato é suficiente para  justificar a total ausência do medo elaborado  no animais, ( medo criado pelo pensamento) portanto,  os animais não manifestam  preocupação,  angústia existencial, também jamais foi relatado que algum animal adorasse qualquer tipo de divindade ou pelo menos sepultasse seus mortos. Assim, fica evidente que Sócrates estava certo ao afirmar: " a morte é a causa maior da filosofia e, das religiões". Sócrates foi conclusivo ao dizer: " filosofar é aprender a morrer".
     Ademais além da autoconsciência o ente humano vive em um plano que nada é estático, aqui prepondera a mudança, a  impermanência, aqui  nada aqui é para sempre, a cada instante ocorrem profundas transformações, mas, o homem através de suas memórias cria um centro como muito bem afirmou Krishnarmurti: " o eu é penas um feixe de memórias ". Este eu é o causador das angústias e medos, visto que ele quer permanecer, não quer desaparecer...  Mas este eu não tem existência real, ele apenas guarda imagens do passado.Assim, o que fazer para se eliminar este sofrimento? Pouca coisa, porque qualquer reação causa mais sofrimento. Neste caso o melhor caminho é o proposto por Krishnarmurti: " viver cada instante com intensidade e, atenção, fazendo sempre, as melhores escolhas". Eu digo ame a vida, respeite a vida, e, viva bem o agora, sem desperdiçar vida. Eu vivi pelo menos cinquenta anos de minha vida sem perceber cada momento, e,  quando me dei conta já   era um homem de sessenta anos. Agora vivo mais sintonizado com cada momento, portanto vivo mais ... Porque o tempo não espera por ninguém.
    

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