Falar sobre a morte incômoda a muitas pessoas. Hoje vivemos em uma sociedade hedonista onde o prazer é muito desejado,enquanto a dor é evitada a todo custo. No entanto, falar ou não falar sobre a morte, não muda a realidade: " um dia todos morrrerão. Um dia tudo acaba, nada se mantém neste plano". Mas, essa questão de permanência versos impermanência é uma questão bastante antiga, século VII ou VI a.C quando dois pré filósofos travaram um debate histórico. Heráclito de Samos defendia a tese da impermanência enquanto Pamênides defendia a tese da permanência que o Ser era eterno. Acreditem foi a grande questão filosófica da época. Apesar de serem contemporâneos é bem possível que eles não se conheceram mas a polêmica existiu. Quem têm razão ? Não importa. Mas, no V a.C surgiu um filósofo "resolveu" o imbróglio, Platão elaborando sua famosa teoria da forma que sfirmava: " A existência de dois mundos um mundo obscuro, o nosso, e um mundo perfeito, mundo das ideias ou formas. No mundo obscuro prevalecem as ideias de Heráclito enquanto no mundo das ideias prevalecem as ideias de Parmênides. Mas, um problema ficou sem solução , a morte, a quem Sócrates atribue o motivo da criação da filosofia, afirmando: "filosofia é uma preparação para à morte". Deixando essas teses de lado, observemos que a cada segundo morremos. Será verdade? Observe apenas um instante, sinta este instante, tente segurar, parar, eternizar o instante. O que aconteceu? Virou passado. Jamais retornará. O que restou, se foi significativo, algumas memórias. Se foi sem importância caiu no esquecimento.Por conseguinte vivenciamos a morte a cada instante. Mas, o ego, um feixe de memórias, criou a separação e o sofrimento que gerou o medo do findar .
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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