Geralmente não percebemos os detalhes sobre o que ocorre em nossa "cabeça", ( nossa mente). Vivemos uma vida super acelerada... Mas, se olharmos com calma veremos que a todo momento uma voz brada em nossa cabeça, ora ela fala sobre algo ocorrido em nosso passado,ora nos traz algo que ainda não aconteceu, mas que um dia poderá acontecer, ela está se referindo ao futuro. No entanto, nossa mente nunca nos fala sobre o agora. Isto é fato, e ocorre com todo ente humano. Assim, surge a pergunta, quem nos observa? Quem é o observador silencioso ? Complicado? Tenha calma, tudo se tornará simples. Primeiro é importante entendermos que nossa "mente" é formada de memórias, (passado) e possibilidades ( futuro). Assim, fica evidente que nossa mente jamais nos observará, posto que, o ato de observar só pode ocorrer no agora e nossa mente sempre agi no agora através das memórias ou possibilidades. Mas Existirá algo em nós diferente da mente e diferente do que está acontecendo? Somos diferentes daquilo que observamos? Krisnarmurti defende a tese que "o observador é a coisa observada". Explicando melhor: ao observar um flor, o que acontece ? "A flor está lá indiferente a mim". Ela simplesmente existe de forma total e absoluta, sem divisão.Mas, eu, o observador cheio de conceitos ao ver a flor imediatamente dou nome a flor, admiro seus atributos, e, se ela desperta reminiscências em mim, imediatamente determino se ela é triste,alegre, nostálgica, etc. Assim tudo que em segundos penso sobre a flor são conceitos e associações minhas. Quando me observo e descubro que sou libidinoso, o que acontece? Imediatamente a mente se separa e cria um censor que condena o libidinoso e gera uma ação imediata de superar o ato de ser libidinoso, desta forma, é criado a ilusão de mudança. Contudo, se observador é a coisa observada,neste caso, sou libidinoso,logo será impossível eu deixar de ser libidinoso... Então está aceitação plena acabaria a divisão entre observador e observado e por consequência o vir a ser.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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