O Ser e o nada, obra prima de Sartre, contém a essência do existencialismo sartriano. No entanto não temos a veleidade, pretensão de explicarmos minuciosamente esta maravilha do existencialismo. Mas, pretendemos apenas de forma rápida apresentarmos alguns contornos desta maravilha da filosofia moderna.
Assim, Sartre define em sua obra duas dimensões: O nada e o Ser. Pois, para Sartre não existe essência, um criador do homem, portanto ele nada herdou apenas saiu do nada através do nascimento para a existência e retorna ao nada através da morte. Eis em linhas gerais todo o processo. Assim, tudo começa com o nascer. Desta forma o homem é um ser em permanente construção, um eterno projeto. Uma vez que só com a vida, o existir, que a possibilidade da construção existencial é possível.
Portanto, fica peremptoriamente evidenciado que para Sartre Deus não existe, então o que prevalece é a liberdade existencial como característica maior. Assim, mesmo sem querer o ente humano é livre para se construir fazer suas escolhas, durante o viver, portanto, a verdade: " o homem é o único responsável por sua existência."
Mas, como ocorre todo o processo ? Ocorre através do " O Em-Si" e do Para-Si". O Em si é o ente, a coisa, o corpo do homem. Enquanto O Para -Si é a ideia, o pensamento, a consciência. Só o homem sabe que existe, portanto sabe sobre si, eis o porquê da angústia existencial e da liberdade existencial tão defendida por Sartre.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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