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O Ser e o Nada!

      O Ser e o nada, obra prima de Sartre, contém a essência do existencialismo sartriano. No entanto não temos a veleidade, pretensão de explicarmos minuciosamente  esta maravilha do existencialismo. Mas, pretendemos apenas de forma rápida apresentarmos  alguns contornos desta maravilha da filosofia moderna.
         Assim, Sartre define em sua obra duas  dimensões: O  nada  e o Ser. Pois, para Sartre não existe essência, um criador do homem, portanto ele nada herdou apenas saiu do nada  através do nascimento para a existência  e retorna ao nada através da morte. Eis  em linhas gerais todo o processo. Assim, tudo começa com o nascer. Desta forma o homem é um ser em permanente construção, um eterno projeto. Uma vez que  só com a vida, o existir,  que a possibilidade da construção existencial é possível.
       Portanto, fica peremptoriamente evidenciado que para Sartre Deus não existe, então o que prevalece é a liberdade existencial como característica maior. Assim, mesmo sem querer o ente humano é livre para se construir fazer suas escolhas, durante o viver, portanto,  a verdade: " o homem é o único responsável por sua existência."
         Mas, como ocorre todo o processo ? Ocorre através do " O Em-Si" e do Para-Si". O Em si é  o ente, a coisa, o corpo do homem. Enquanto O Para -Si é a ideia, o pensamento, a consciência. Só o homem sabe que existe, portanto sabe sobre si, eis o porquê da angústia existencial e da liberdade existencial tão defendida por Sartre. 

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