Maledicência, vício humano cruel, utilizado para devastar reputações, amizades, geralmente divulgadas por pessoas sem a menor responsabilidade, não sou moralista, puritano, mas a maledicência é a personificação da maldade, falência absoluta do caráter. Só existe uma coisa boa neste nefasto defeito, é que ninguém escapa, do mais poderoso ao mais servil dos seres humanos. E o que dizer daquela fofoquinha sem objetivo de prejudicar e sim apenas preencher o tempo? Não existe neste caso pecadinho ou pecado grande, todos conservam em seu bojo a semente da maldade, da traição, e acima de tudo representa a autofagia da alma, portanto destruidora de reputações, de amizades, além de representar a maldade personificada. No Nazismo de Hitler, era utilizado um princípio fundamental: "Diga uma mentira mil vezes, e ela se tornará uma verdade"; esse mesmo princípio é perpetrado pelo maledicente. Não deve perder de vista, que palavra dita, não retorna mais aos lábios, é irreparável. Cristo deixou ensinamentos sobre o não julgamento, o amor, e aos maledicentes, ele chamou-os de sepulcros caiados, só têm aparência, hipócritas. Existe uma história atribuída a Sócrates: um discípulo o procurou para falar de outro discípulo – Sócrates, o senhor já sabe do que aconteceu a fulano? - Sócrates respondeu, o que você tem a dizer já passou pelos três crivos? Três crivos!? Falou o interlocutor. Sim, respondeu Sócrates; o primeiro é o crivo da verdade, você deve perguntar; o que tenho a dizer, tenho certeza que é verdade? Oh! Não! Disse o discípulo. Sócrates continuou; o segundo é o crivo da bondade, você continua a perguntar; o que tenho a dizer é bom, traz algum benefício a outrem? Não, pelo contrário. Continuou o discípulo. O terceiro crivo é o da utilidade, concluiu Sócrates, pergunte se é útil o que tens a dizer-me. Não tem utilidade! Respondeu o interlocutor. Então o Filósofo arrematou, se o que tens a dizer-me não é verdade, bom ou útil esqueça o que vinha dizer-me, pois não vale apena. Outro aspecto terrível da maledicência é sua rapidez, seu caráter epidemiológico espalhando-se vorazmente, sem dó nem piedade destruindo tudo de bom, sagrado, as verdadeiras amizades. Nesta área todos têm telhado de vidro, pois, quem já não participou de uma fofoquinha? Mas, um lembrete importante: quem fala de alguém para você, com certeza vai falará de você para outra pessoa. 
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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