A codependência é um transtorno afetivo. Nas relações codependentes o que prepondera são padrões limitantes. Segundo o coda ( codependentes Anônimos) codependência é a inabilidade de manter e nutrir relações saudáveis consigo, e, com os outros. Nas relações codependentes não existe amor incondicional, visto que o que prevalece é um jogo de sedução e, controle. A dependência é individual enquanto a codependência é relacional.
Neste tema abordarei alguns padrões da codependência que muito facilitará a compreensão do transtorno da codependência. Eis a meu ver os principais padrões da co dependência: negação, vergonha, baixa autoestima, assertividade, salvação, controle, manipulação, submissão, múltiplas dependências, tudo ou nada.
Negação - é o núcleo da codependência. Negar não é mentir, enganar negar é não perceber. Uma vez que as múltiplas falsas crenças que formam o mundo mental do codependente impedem o codependente de vê a verdade sobre si e, os outros. Só o compartilhar de experiências permite a aquisição do autoconhecimento, é o rompimento da negação.
Vergonha - nas relações codependentes existem muita vergonha. Medo da opinião do outro. Tal vergonha induz a formação de segredos, ( quanto mais segredo mais doença). Vergonha imposta ao codependente pelo seus pais ou cuidadores através dos abusos físicos, emocionais. Enquanto perdurar a vergonha o codependente não se recuperará.
Baixa autoestima - por não receber amor na hora certa, na intensidade certa de seus cuidadores o codependente passado a acreditar que não vale muita coisa. Deve existir algo muito errado com ele. Assim ele constrói sua baixa autoestima.
Assertividade - incapacidade de se posicionar a favor ou conta. (Dizer o sim ou o não na hora certa). Quem só diz sim é permissivo, já quem só diz não é um viciado em evitar. Aprender a dizer o sim e o não na hora certa é aprender a ser assertivo.
Salvação - (Desejar ser Deus) o outro (pessoa significativa) deve ser salva. Eis o surgimento da facilitação, da super proteção, que perpetua a adição. Logo a salvação se transforma em prisão emocional.
Controle - camuflado em "boas ações " o controle é o objetivo final do codependente que quando sente que está perdendo o controle de sua pessoa significativa utiliza várias estratégias como: vitimização, raiva, submissão, choro, etc. Sem controle o codependente fica ansioso, apavorado pois o outro representa sua complementação.
Submissão - medo de perder o outro gera submissão a abusos. É preferível o sofrimento conhecido a uma transformação pessoal. Enquanto perdurar a submissão nada de bom acontecerá n vida do codependente.
Múltiplas compulsões - eis um padrão muito forte na cidependência posto que para superar o caos emocional o codependente vai passando de um compulsão a outra. Eis, a culminância da cidependência.
Tudo ou nada - oito ou oitenta, calça de veludo ou bunda de fora. Não existe meio termo para o codependente. O codependente você nos extremos da escassez ou do excesso. Mas segundo Aristóteles a infelicidade encontra -se nos extremos da escassez ou do excesso.
A codependência afeta uma imensa parte da humanidade. Não tenho dúvida em afirmar que o mundo é codependente. A recuperação da codependência depende do autoconhecimento, do desmascarar estes padrões que estão camuflados através das falsas crenças.
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