1) Passo - "Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas".
O primeiro passo denominado passo da aceitação, de forma evidente sugere uma ampla rendição da compulsão que se pretende vencer. Este passo elimina toda negação posto que ele pede para que a pessoa aceite sua derrota total, aceite sua fragilidade, aceite sua incapacidade de sozinho de vencer a adicção usando sua força de vontade. Aceitar a derrota total conduz o dependente para aceitação da perda do domínio de sua vida. Quem aceita esta derrota total elimina a negação, (núcleo das compulsões), elimina a mentira alimentada durante anos. Elimina a arrogância, portanto acaba com o conflito, e, o vir a ser. Quem aceita a derrota diante a compulsão, se rende, logo, deixa de lutar. Encontra a serenidade e inicia a recuperação.
2) O segundo passo também é um passo de aceitação, visto que salienta a fé em um poder superior, (Deus na forma que cada um concebe), e, que este poder superior devolverá a sanidade mental. Este passo demonstra que a mente presa a obsessão mental está de espreita para induzir o dependente seu retorno à dependência. Portanto, sempre que surgir um pensamento, observe este pensamento, olhe sua qualidade. Não se deixe ser conduzido por seus pensamentos, sobretudo os pensamentos fedorentos. ( Estes pensamentos podem prejudicar em muito tua recuperação ). Este passo elimina do dependente o sentimento de ser um senhor do universo. Além do mais possibilita um mínimo de fé. Mas, fé que funciona, fé curativa. A sanidade mental significa vivenciar a verdade no momento presente. Significa manter uma mente aberta livre da mentira e do preconceito.
3) O terceiro passo começa a ação. Neste passo o dependente entrega sua vida e sua vontade a Deus. Quem entrega abdica do controle. Sabe que Deus poderá solucionar todos desafios. Este passo é como abrir uma porta, e, a chave que abre a porta é a boa vontade, (Não é a força de vontade). Mas, qual a diferença entre Boa vontade e força de vontade? Boa vontade é buscar sempre o melhor para si e os outros. É a não luta, mas a firme cooperação com o correto. Kant em sua crítica da razão prática coloca como esteio a boa vontade. Ele afirmou : " o homem tem uma tendência para o mal, mas a boa vontade o leva para o bem. " Já a força de vontade é a força do "ego". A força de vontade só se alimenta da luta. Quando se entrega a vida e a vontade não mais existe espaço para a força de vontade. Com o terceiro passo o dependente encontrará a serenidade e, portanto, não será vítima das preocupações e medos.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário e sugestão ,muito nos honra seu acesso ,Seu comentário é nossa melhor forma de melhorar as postagens, obrigado!