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Não Dou Sorte No Amor!

     Frase muito coumum: não dou sorte no amor. O que esta frase esconde? O que existe de fato por trás desta frase aparentemente banal? Não tenho dúvida sobre uma verdade pouco expressada: o homem atrai para si  alegria e, tristeza,   bonança,   infortúnio. Sartre no século passado já devolveu ao homem sua liberdade, e responsabilidade sobre sua existência. Para Sartre ficou bem evidente que tudo depende das escolhas de cada um, isto é fato.
       No entanto, a meu ver o assunto não fica encerrado nesta etapa. Posto que ainda cabe a pergunta: "o que leva o homem  escolher algo nefasto para si"? O que existe por trás da escolha? Eis aí o cerne da questão. O que leva uma pessoa escolher conviver numa relação  abusiva?  O que leva uma pessoa enveredar nos vícios e  destruir sua vida? Não vou responder de forma científica mas apenas utilizando minha experiência  de vida. Portanto, o ente humano ao longo da vida constrói  uma cadeia de crenças. Tais crenças muitas vezes obscuras mantêm controle sobre algumas escolhas. Estas crenças formam o verdadeiro eu sou. Por exemplo uma criança que não recebeu amor dos pais vai acreditar que deve existir algum erro com ela. Assim, esta  criança poderá formar uma baixa autoestima e, devido essa estima fragilizada esta criança poderá buscar aprovação das pessoas significativas. Desta forma ela poderá tornar -se uma pessoa viciada em aprovação.  (Desejo de ser número um).
       Retornando  a frase: não dou sorte no amor. Fica evidente que esta  pessoa deve em sua subjetividade nutrir uma crença que impeça sua felicidade no amor. Então essa pessoa,  com certeza, terá um dedo podre. (Sempre irá atrair a pessoa errada). Assim é importante colocar o foco no lugar certo, ou seja, sua subjetividade. Olhar para si, sem vir a ser. Apenas olhar.  Também é importante fazer algumas perguntas:  por que isto está se repetindo? Que tipo de crença sobre relacionamento existe em mim? Como fui tratado na infância  pelo meus pais? Que tipo de relação  meus pais tinham? Não é fácil, tampouco rápido, resignificar crenças  destrutivas.Mas é o único caminho. Não adianta literatura de auto ajuda; filosofia; visto que quem domina é o lado obscuro da pessoa, crenças  destrutivas. 
      Não procure no outro as causas. Tudo que acontece na vida de uma pessoa foi atraído por ela. Seja boa ou má essa coisa. Contudo, as crenças existenciais são poderosas e  determinam a qualidade de energia desta pessoa. Imagine uma pessoa que acredita que nunca será feliz no amor. Esta  pessoa só  irá atrai pessoas que comprovem está verdade existencial para ela. Não importa  se verdadeira ou não. A crença  domina e determina as escolhas desta pessoa. Logo é importante um ente humano conhecer suas crença para fortalecer as boas e, resignificar as más. Uma jornada árdua mas produzirá bons frutos. Vida melhor.

      

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