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A Moral Judaica Cristã!



            Portanto,  a moral  judaico cristã  e o niilismo foram instrumentos de controle



         Nietzsche combateu profundamente a moral judaico cristã , por quê? porque a referida moral é fundamentada em dois fatores negativos, que são: Niilismo, e Uso da culpa como controle. Niilismo representa negar a vida. por uma ideia, ou seja, viver a ideia, e negar o real. Mas, como surgiu o niilismo no pensamento ocidental? surgiu através de Sócrates e Platão no século  IV a.C.Platão, em sua teoria da forma cria a ideia,  como representação maior da perfeição, mas a ideia é subjetiva. Assim, para solucionar a questão, Platão criou o mundo denominado mundo das ideias, perfeito, e denominou o mundo real, nosso mundo,  como  mundo das dores, mundo aparente, mundo das sombras. Posteriormente, o cristianismo  incorpora as ideias platônicas, criando a dualidade, o paraíso, céu, como o  mundo perfeito, mundo ideal, e denominou o mundo das dores, da condenação eterna, o inferno ,dois mundos imaginários , e tais mundos tornaram-se mais importante do que o mundo real. Eis o niilismo, segundo Nietzsche.
        Entretanto,  para controlar o homem foi criado  a ideia do pecado e através do pecado foi criado a culpa, que passou a ser o cerne da moral judaico cristã. Portanto, pelo pecado surgiu a pecaminosidade no mundo do aqui, e através da pecaminosidade surgiu a culpa que foi  e continua sendo utilizada como forma de controle,tal fato, explica o porquê que  a educação na sociedade ocidental foi fundamentada na culpa. Tal fato, forma o cerne do abuso  nas famílias judaicos cristã. Contudo, fiquei estarrecido ao conhecer a  biografia de Blaise Pascal, homem genial, matemático, filósofo, mas atormentado pela ideia de pecado. D a mesmma forma ao  conhecer a biografia  de Soren  Kiekegaard, pai do existencialismo, que vivia atormentado com as ideias de pecado, fundamento de sua angústia existencial. Outro angustiado foi santo Agostinho de Hipona, que em suas confissões se auto condenava  bruscamente  por ter pecado. Mas, no final do século XIX  surgiu Nietzsche, um contestador, o filósofo da vida, que desmascarou o niilismo, retomou o amor pela vida, pelo mundo da vida, demonstrando em sua contestação que deus estava morto, pois  o ente humano  não era mais aquele ser amedrontado refém da ideia do pecado, agora o homem moderno buscava desbravar o universo, aprimorar o pensamento cientifico , então, deus foi perdendo a influência, sua dominação, neste sentido  Nietzsche  metaforicamente demonstra a ousadia da humanidade.
       Portanto,  a moral  judaico cristã  e o niilismo foram instrumentos de controle e manipulação do ser humano. Mas, na pós modernidade apesar de ainda subsistir esta ideia de culpa, de negar este mundo, o poder da igreja está perdendo força, empalidecendo, perdendo o vigor. Na minha visão nenhuma religião tem condição de conter e  desbravar a verdade, posto que,  o ente humano é limitado, jamais poderá desbravar o desconhecido. Assim, acredito que o importante é o culto da vida, o respeito pela vida, o amor por todo ser vivo, viver cada instante com  atenção e celebração, e quando a morte chegar doar-se serenamente ao todo. O Homem, o único ser que existe, vive e sabe que vive, também é o único que sabe que findará um dia, por isso criou a ideia de deus para abrandar seu medo da morte.No entanto, respeito toda forma de fé, apesar de não acreditar nas religiões, respeito o direito de culto, pois acredito que só o homem poderá decidir sobre sua vida, sua fé. Mas, não tolero o fundamentalismo do crente  e do ateu, porque quer que todos sigam sua pseuda verdade. Assim, amigo, minha oração é respeito à vida, minha celebração é respeito à vida, ela é tudo, sem ela nada. Mas, na pós modernidade apesar de ainda subsistir esta ideia de culpa, de negar este mundo, a  religião perdeu muito força. Na minha visão nenhuma religião tem condição de conter e  desbravar a verdade,posto que, o ente humano é limitado, portanto, jamais poderá conter o desconhecido. Assim, acredito que o importante é o culto da vida, o respeito pela vida, o amor por todo ser vivo, viver cada instante, com  atenção e celebração, e quando a morte chegar doar-se serenamente ao todo.

Comentários

  1. Ledo engano. Isso que dá se apegar em apenas um pensamento: Nietzsche. Basta perceber o que nem Nietzsche pode, levado por sua arrogância, que o pecado é concepção da natureza humana, antes de religiosa. Ora! Muito antes de haver Moisés trazido as tábuas da lei, as infrações pessoais e sociais (pecado, crime) já eram realidade duramente combatida e evitada. Quando a ciência requer a si a autonomia do conhecimento, passando por cima da natureza previamente estabelecida através de leis inteligíveis, é prenuncio de caos. Ora! Não ficaram estarrecidos os cientistas quando descobriram que o uso de células-tronco embrionárias ocasionavam deformações quando aplicadas ao passo que células-tronco adultas não conheciam esse risco, e isso quando a moral judaico-cristã sempre manteve posicionamento firme? Existe uma lei natural e não são pensamentos de revolucionários, nietzschezistas que podem colocar abaixo o que está no gérmem de uma sociedade.

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  2. Obrigado por seu comentário , apesar da não identificação, saliento que nosso objetivo é despertar a reflexão sobre temas, não defendemos pensamento de nenhum filósofo . Um abraço.

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  3. Apesar disso tudo, a moral judaico cristã foi uma das construtoras da civilização ocidental, junto com a filosofia greco-romana e o direito romano

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  4. Veja bem, dizer que Nietzche retomou o amor pela vida, desmascarando o niilismo é um certo radicalismo... existem muitas nuances na moral judaico-cristã pra simplesmente colar o rotulo de "contra o amor pela vida". Todos somos livres para crer no que quisermos, inclusive no niilismo, mas somos obrigados a lidar com a consequencia destas escolhas. E esse tbm é um valor judaico-cristão.

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  5. Primeiro muito bom seu comentário. Concordo aqui não se trata de um julgamento da moral judaica cristã apenas procurei salientar a posição de um filósofo neste caso Nietzsche.

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