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A paz interior!

   Para pensar!
   A paz interior!
        Eis,um forte desejo,tão forte quanto o desejo de ser feliz.Mas,apesar de ansiar profundamente a paz,o ente humano é um ser medroso,angustiado,por quê?Porque o homem é o único ser que possui auto  consciência,isto é,vive ,e sabe que vive,no entanto,tal privilégio transformou-se em angústia existencial,pois,da mesma forma que é ciente da vida,também é ciente da morte, do findar.O medo do findar é um tormento,um caos interior.
     Assim, o homem desde os primórdios procurou encontrar uma explicação para o morrer, criou a ideia de deus ,assim, na Grécia antiga bem antes dos pré socráticos , a família era a base , e na família o homem cultuava seus antepassados, assim, os membros da família quando morreriam eram transformados em deuses, que eram cultuado pelo membros da família que ainda viviam, posteriormente surgiram os pre socráticos procurando explicar como a terra foi formada , o primeiro foi Tales de Mileto, que acreditava que o elemento principal para formação da terra era a água, posteriormente surgiu Heráclito que acreditava  que os elementos básicos  na formação da terra era o Ar e o Fogo, Heráclito afirmava que neste mundo nada era permanente , tudo era devir, mudança, posteriormente Parmênides  contestou  salientando a importância do Ser, Parmênides  afirmava que aqui nada mudava , a terra , o Ser, eram estáticos.No século V A.C surgiu Sócrates e Platão, surgiu a filosofia .Platão, impulsionou o ensino da filosofia ,além de criar a teoria da forma  , que conciliava a as ideias de Heráclito e Parmênides,pois , dizia no mundo aparente este mundo , tudo era imperfeito , além de preponderar o devir de Heráclito. Mas, no mundo das ideias ,mundo perfeito preponderava as ideias de Parmênides, ou seja, a não mudança, e a permanência do Ser. 
         Contudo, as ideias platônicas foram implantadas no cristianismo  que se transformou em platonismo do povo. A religião cristã preponderou  até a idade média , mantendo o ente humano acorrentado ao pecado. Mas, com advento do iluminismo a religião foi perdendo espaço, ao ponto de Nietzsche vaticinar a  morte de deus, ou seja, deus gradativamente foi sendo colocado de lado , e o homem buscou o conhecimento cientifico para resolver seus mistérios, problemas. Mas, apesar de viver a milhões de anos ,o homem continua sem desbravar o desconhecido, sem compreender sua vida , sua origem, e seu final , sua morte, tal desconhecimento é sua angústia existencial.Pois,apesar de culto, o ente humano atual continua um ser com medo, e por isso, busca meios de fuga ,como religião, divertimentos, trabalho, poder, prestigio, etc. 
         Portanto, o homem pós moderno não é possuidor da paz interior, porque vive acorrentado ao medo, porque precisa acreditar em dogmas existenciais para justificar seu caos interior.Não sou pessimista, apesar de compreender  que neste plano ninguém escapa, que não adianta apegar-se a pessoa, a coisas, a honrarias , a poder, porque  um dia o homem terá que deixar tudo, com sua morte. Tal , situação é por demais assustadora , perturbadora, por isso,é bem mais fácil acreditar no dogma criacionista, que assegura ao ente humano vida para sempre , com os seus entes queridos,todavia,tal dogma necessita da fé  que realmente ele representa a verdade.Mas,mesmo acreditando no dogma criacionista o homem tem verdadeiro pavor da morte. Assim, minha visão deste mundo é a seguinte: O homem jamais desbravará o desconhecido, porque é limitado, mas ele pode celebrar a vida, celebrar a magia da vida, viver a eternidade do instante sem medo, sem paranoia , tudo celebrando, neutralizando, tendo consciência que a vida é tudo sem nada, nada.Tal estilo de vida poderá  permitir ao homem encontrar sua paz interior.

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