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O Ser, e o Não -Ser!

                                
          Antes de responder a pergunta é importante um entendimento do Ser a nível filosófico. Sabemos que na filosofia indiana do século IX  A. C já se abordava o assunto. Mas este tema foi abordado  no ocidente,(primeiro na Grécia  através de  Parmenides,  e esse debate filosófico percorreu os séculos até nossos dias).
          O Ser é um dos conceitos  fundamentais da filosofia ocidental,assim   segundo a Wikipédia  enciclopédia livre, a palavra Ser assume um  dos significados:
1" Existência - para exprimir o fato que determinada coisa existe. Por exemplo: A erva é  existe,  mas o unicórnio é.  ( pelo menos na fantasia de quem pensa nele).
2) Identidade - para exprimir o fato que determina que a coisa existe. Por exemplo: os franceses são habitantes da França e Humberto Eco autor de o nome da rosa.

3) Predicação - para exprimir uma propriedade de determinado objeto. Por  exemplo:  maçã é vermelha".
           Portanto, o Ser pode designar: existir, identidade  e predicação; desta forma analisando a pergunta base do tema,  se observa uma confrontação mesmo que velada entre Ser e não Ser, pois parecer Ser  é não Ser, e  segundo Livia  C Balus: " A distância o Ser e o quase Ser é imensurável.” Assim, agora a pergunta inicial  foi transformada  na seguinte:  O importante é Ser ou não  Ser?  Antes de responder  é importante  o entendimento de não Ser,segundo a Wikipédia, enciclopédia livre, "o não -Ser é:   O não - Ser é um dos maiores problemas da filosofia. Todas as nossas categorias, toda nossa linguagem está voltada para o Ser, e por isso chegamos a problemas quando tentamos compreender e falar do não - Ser. O que é o não - Ser ?Aparentemente não tem  como responder à pergunta, pois a mesma parece não ter sentido.  Segundo a Wikipédia "O Não - Ser é sinônimo de (o que não é).  Assim a pergunta pode ser entendida como  o que é o que não é ? Parece que não podemos tratar diretamente do não - Ser, pois não podemos dizer que é coisa alguma, nem que ele é o não- Ser. Apesar desses problemas o silêncio  sobre o não- Ser não é uma boa opção pois tratamos do não- Ser costumeiramente, e não entendemos quando fazemos isso. Quando lemos em um quadro  , Isto não é cachimbo " recebemos uma mensagem significativa".
    Portanto, pela definição observo que o Ser representa o que é a existência real, a verdade,Para Sartre,”o ser é o que é sem esforço,” enquanto o não Ser representa  o que não é nada. Avaliando a pergunta o importante  é Ser e não Ser? de cara, sem pestanejar afirmo  que o Ser é mais importante, significativo nas relações interpessoais; mas observando a pergunta em um fundo significativo:  que é  o não - ser nas relações sociais? Agora  este novo cenário vem demonstrar efetivamente o contrario, pois é do conhecimento de todos que nas relações pessoais normalmente é utilizado a máscara para esconder determinadas deficiências. Assim os relacionamentos humanos ocorrem entre dois ou vários,  muitos,  infinitos, não Seres, ou seja,  a mentira se apresenta como verdade.(ser) Contudo,  nas relações interpessoais o importante não é ser, mas parecer. Por exemplo: A pessoa não precisa Ser inteligente, honesta, competente, religiosa, rica, etc. Basta aparentar,  eis a verdade, os fatos.
            Não obstante, esta mentira nas relações inter pessoais,  acredito que o bom mesmo é Ser, e não apenas parecer,  porque só com a verdade do Ser, em sua totalidade, que a integridade,   passa a se manifestar em sua totalidade, tal fato produzirá uma qualidade de vida exuberante, uma tranquilidade, paz de espirito,   além de uma autoridade natural.Posto que a mentira  é uma não verdade, portanto um não ser, logo deve ser rechaçada pelo ser. Desta forma, fica determinado o isolamento entre o não -ser e o ser, porque um exclui o outro, como vida (ser), e morte,(não -ser). Sartre em seu tratado ontológico,o Ser e o Nada, "define o ser pelo que é,sem esforço. Enquanto o não ser anula o ser,o nadifica. Posto que o ser é o que é, absoluto não existe, o quase ser,ou o meio ser,ou é,ou não é. A presença de um ser sempre  caracterizará este ser, (por menor que seja a presença, já caracteriza o ser). Assim, o não ser sempre exigirá uma ausência absoluta,total, (Ocorre algo como a morte que ao chegar elimina a menor partícula de vida, ficando apenas a morte reinando).Do exposto fica evidente que apesar da importância do ser,o não- ser sempre a distância aguarda a oportunidade para reinar.Eis a dicotomia de Hamlet, (é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601).

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