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O Drama do Homem!

                      
             Viver sem ilusão, viver sem orientador, sem religião,sem psiquiatra, psicanalista, sem nenhuma escora, na mais completa solidão, sem nada  esperar, sem nada desejar, apenas viver cada instante, não é fácil, mas, com certeza, é a melhor maneira de viver.
            Não obstante, a autoconsciência que permite ao ente humano saber sobre o mundo,os seres, sobre si,fato que torna o homem um ser singular, haja vista, só ele no mundo é capaz de perceber,e se auto percerber.No entanto,tal privilégio produz alguns transtornos, como: medo do findar, medo de perder entes queridos, medo da condenação eterna.
            Medo do findar-  a impermanência, a finitude, atemorisa e infelicita o homem desde os primórdios. Portanto,  a autoconsciência que possibilitou ao ente humano  saber que existe,vive, saber que irá morrer um dia.Tal certeza mudou tudo, por sua causa surgiu o mito, surgiu a religião primitiva,surgiu a filosofia,(uma preparação para a morte, segundo Montaigne), surgiu o cristianismo,surgiu a ciência, mas nada foi suficiente para eliminar a angústia existencial.
          Medo de perder entes queridos – eis o segundo maior temor, medo que um ente querido finde, morra. Saber sobre a  morte pessoal,e. sobre a morte dos outro, dos entes queridos, causa uma permanente angústia existencial,  (Vida que tem prazo de validade,finita), porque o homem quer viver para sempre,quer que seus entes queridos vivam para sempre.Tal desejo não se concretiza,pois todo homem é mortal, eis a raiz do medo dos medos.
            Ademais, o caos é agravado com o surgimento do cristianismo,que devolveu ao homem sua “eternidade”, mas, por outro lado,acrescentou mais um grave medo,(medo da condenação eterna,do fogo do inferno).Portanto, agora pela fé o homem superou a morte, mas, ficou preso ao medo do sofrimento eterno, (inferno).Qual desgraça maior? Morrer? Ou ir para o inferno? Eis o grande conflito de Santo Agostinho,de Pascal, da imensa maioria de pesdoas na idade média.
           No entanto, hoje o homem tem a  possibilidade de viver em plena liberdade,sem nada depender de religião, filosofia, qualquer forma de autoridade.Mas para aceitar tamanho desafio se faz necessario compreender que o homem é um ser finito, mortal que nada pode mudar tal situação. Contudo,apesar da finitude o ente humano pode ser feliz, pode superar seu sentimento de morbidade, pode fazer valer cada momento,cada instante de sua vida.Seria bom? Saiba qNue é possível,e para conseguir tamanha ventura,basta compreender que passado é só memória, que cada instante é único.Não se repete.Futuro é uma possibilidade,mas pode tornar-se uma impossibilidade,pode não acontecer.Desta forma, o que de fato restou foi apenas o momento presente, eis a grande sacada,(ser feliz no momento presente,aceitando-o, como é,e celebrando,agradecendo cada instante sem nada agarrar).
           Não obstante, a simplicidade e sua aplicabilidade a imensa maioria da humanidade irá fazer o contrário, agarrar o passado,fugir para o futuro,e desperdiçar o instante.Eis o real drama do homem.

           

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