A verdade, demonstra que o ser humano, é um solitário existencial. No obstante, esta profunda solidão, solitude, o homem mantém relações com, coisas, bichos, e pessoas, portanto a vida sem relações não seria viável. Porque, o homem não teria sobrevivido. Assim, relação é uma necessidade existencial. Como muito bem afirmou Aristóteles: “o homem é um ser social,gregario”.
Portanto, o ente humano se relaciona com o mundo, este contacto, com o exterior, se dá através dos sentidos via experiência,mas, sem a mente para ordenar,representar estas impressões, nada seria possível. Ademais, tal processo possibilita ao homem representar o mundo, como bem definiu Schopenhauer: “o homem tem a capacidade de representar o mundo”. Ao entrar em contacto, com o mundo exterior, o homem realiza uma atividade cognitiva, que permite avaliar a interação com o mundo, tal processo possibilitou ao homem conhecer, elaborar conceitos, avaliar definições, além de interiorizar julgamentos, definir finalidades, formar imagens,etc, por exemplo: uma árvore é um ente real, no momento que o ser humano entra em relação com ela, cria a representação definindo sua família, sua espécie, sua utilidade, gerando conceitos, e necessidades, assim, surge o processo de relação mental. Posto que a árvore durante milhões de anos só manteve contacto com seres irracionais,sem capacidade cognitiva,ela não existia como um ser, uma representação, tudo permanecia no mais profundo isolamento, silêncio. Todavia,na prática esta relação não é tão simples.Mas, surgiu um homem de sessenta anos que ordenou tudo, Kant que uniu empiristas e racionalistas através de sua crítica da razão pura,ordenando o processo com sua ideia dos conhecimentos aprioristicos,ou seja, o homem além dos sentidos, além da capacidade mental traz em si noções,conhecimentos que não dependem dos sentidos,e da razão.(Espaço e tempo).
Portanto, o processo de interiorização das impressões,demonstra como o homem interoriza, qualifica impressões, e sensações, mas para que ocorresse tal representação não foi necessário transportar a árvore para o interior do homem, ela continua lá, quieta, impassível, indiferente em seu mundo, no entanto, o homem cria uma ideia de árvore, que contempla toda árvore, assim quando ele entra em contacto com a árvore, esta ideia imediatamente qualifica o objeto visto como árvore. Para esta árvore o existir, e o viver nada representam, pois ela, nada sabe, sobre si,e sobre o mundo. Só o homem sabe sobre si,sobre a árvore, sobre o mundo, portanto,só o homem efetivamente cria modelos mentais que definem como as coisas são.Tal processo mental permitiu ao ente humano compreender como as coisas são.Permitiu ao homem o comando,o poder para desbravar o mundo,mas,por outro lado gerou uma imensa angústia existencial.
Só o homem tem a possibilidade de criar representações mentais.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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