No dia vinte e seis de setembro completo sessenta e cinco anos de vida,(já sou um modelo bastante antigo,mas jamais obsoleto).Neste dia receberei muitas mensagens nas redes sociais, (de amigos e entes queridos).Receberei telefonemas demonstrando alegria e parabenizando-me. Festejar o aniversário é um costume da humanidade,toda sociedade festeja a data de nascimento das pessoas.
No entanto, farei algumas reflexões sobre este costume. Pois, a meu ver, existe um otimismo exagerado para tal costume.Porque o homem ao nascer já traz uma condenação: "morrer em algum dia", (tal fato não merece uma discursão metafísica,religiosa), contudo,além de saber que um dia morrerá este ser desafortunado, também sabe que todos amigos, entes queridos, amores morrerão um dia.No entando, a calamidade não se encerra nestes fatos existenciais.Pois,o homem vive na dimensão temporal onde futuro,presente e passado formam um eterno suceder como uma macabra dança temporal.Eis mais um fato,a temporalidade mudando a vida, as pessoas, portanto, aquilo que foi, já não é mais,tudo muda lentamente, haja vista, nós não somos mais o que fomos um dia.
Assim, fica a pergunta por que comemorar mais um ano de vida? Se cada ano vivido representa menos tempo de vida? Acredito que tal comemoração significa celebrar a vida,festejar a vida que é tudo, sem ela nada.Significa celebrar cada momento de vida,cada momento pleno de amor.Significa compreender que apesar da morte a vida ainda prepondera.Finalmente,significa que apesar da morte vale apena viver,amar,celebrar esta imensa aventura.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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