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O Homem e a Morte!

        Os animais têm medo. O medo dos animais ocorre como uma resposta direta a alguma ameaça real. Portanto, o medo dos a animais é institivo. É um medo real. Já o homem tem o medo real como os animais. Mas, o homem ser privilegiado, posto que ele é autoconsciente, ou seja, sabe que vive, sabe sobre sua vida, sobre suas ações, sobre seu passado, sobre seu presente, sobre a perspectiva do seu futuro, sabe sobre sua liberdade (poder de escolha). O homem é o único ser que sabe que é finito, tem prazo de validade.
        Portanto, este saber sobre si causa angústia, medo. Nunca vi um cachorro com medo da perspectiva da sua morte. Animais não pensam sobre seu fim.Também não pensam sobre a morte do outro, e, não enterram seus mortos. Já o homem autoconsciente  criou o sagrado, criou a ideia de eternidade. Mas o medo da morte  persiste contaminando a vida do homem. Então o que fazer? Apenas viver bem cada instante, viver celebrando o agora, sem gerar vir a ser. Eis o caminho! É fácil? Não, porque não promete vida para sempre. Sim apenas vida no agora. Melhor aceitar a verdade embora amarga, do que acreditar em uma  mentira que "consola".
        Fustel de Coulagens definiu um costume sobre  a família Grega e Romana no século XX a.C descreveu um costume da época: " os mortos eram cultuados como deus da família, eram sepultados com seus pertences e escravos, visto que existia a crença que o morto teria uma  segunda vida no túmulo. Os Gregos antigos passaram dos mitos aos deuses antropomórficos, posteriormente ao pensamento filosófico com Sócrates (século IV a.C). A filosofia Grega influenciou  o cristianismo através de Platão com sua teoria da forma.Não obstante, filosofia, religião, mitos o ente não solicionou a grande aporia, (a morte).

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