O pequeno príncipe de Antoine de Saint Exupéry fora a bíblia um dos livros mais vendido no mundo. Livro extraordinário! No famoso diálogo da raposa com o pequeno príncipe, Exupéry de forma singela descreve o processo do apaixonar-se, do ato de cativar o outro.O primeiro ponto é a definição do cativar como o processo de criar laços. Já o segundo ponto é a transformação do cativado em um ser único, singular! O terceiro ponto é a criação de ritos na relação. O quarto ponto é a invisibilidade do essencial.
A raposa disse para o pequeno príncipe, "oi! O pequeno príncipe imediatamente perguntou : "o que quer dizer cativar"? "A raposa respondeu: (uma coisa bem esquecida, é criar laços. Você é como cem mil príncipes, eu sou como cem mil raposas mas se você me cativar eu serei única para você e você será único para mim". Assim criar laços é fundamental na vida". Posto que as pessoas que vivem à margem do amor são áridas, mesmo que sejam intelectuais são amarguradas, infelizes, por exemplo: Soren kikeegard preferiu a vida solitária do que casar. Nietzsche viveu até sua demência absoluta solitário, amargurado com a rejeição de Lou Salomé. Artur Schopenhauer viveu na solidão odiando mulheres. Por que estes filósofos preferiram à solidão? Todos, sem exceção, nunca cativaram ninguém, e, não foram cativados, pelo contrário, foram rejeitados. Portanto, jamais criaram laços, foram infelizes apesar da genealidade. Viveram à margem do amor, jamais sentiram a exuberância do apaixonar-se, neste sentido a raposa tinha razão ao afirmar que o cativar era um ato muito pouco praticado pelo homem...
Portanto, quando ocorre o processo do cativar as pessoas envolvidas tornam-se especiais, singulares, logo, tudo muda, a vida cria sabor, cria gosto, os pequenos detalhes tornam-se maravilhosos. Portanto, vida sem amor é vida árida, é floresta sem árvores, céu sem estrelas. Mas, por que as pessoas na pós modernidade preferem ficar, do que cativar? Porque cativar requer algum trabalho tem que ocorrer todo um processo como muito bem descreveu a raposa: "Primeiro você vai chegando mais perto, lentamente, cada dia se aproxima, depois existe a necessidade de uma data certa dos encontros, para gerar desejo antecipado, pois o que vai tornar tua rosa importante é o tempo que perdeste com ela. Balman define a pós modernidade como modernidade líquida, onde tudo é efêmero, descartável.Assim, criar laços é seguir o rito próprio do processo sem pressa á é permitir a construção da intimidade através dos afetos. É valorizar cada instante É tornar o outro singular mesmo diante da multiplicidade. É o ato deliberado do aniquilamento do egocentrismo
Portanto, cada etapa é fundamental no processo do cativar, tudo é essencial! Mágico! É inefável. No entanto, quem jamais passou pelo processo do cativar e ser cativado, passou pela vida, e perdeu o essencial.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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