A necessidade de outra pessoa é uma forte sinalização de baixa autoestima, uma sinalização de maior valoração do outro, do que de si. Então não devo amar, desejar o outro ? Deve amar o outro, desejar o outro, mas antes deve amar a si mesmo, respeitar a si mesmo... compreender que o outro sempre será inacessível... compreender que a subjetividade do outro é inatingível, ou seja, jamais alguém poderá adentrar os pensamentos, sentimentos do outro. Portanto, fazer do outro um ser superior a sua pessoa, é uma evidência de carência, e, uma forte tendência a dependência afetiva, ( algo terrível) visto que elimina a dignidade e o auto respeito. Quem mendiga amor, não se ama... e o ato de mendigar só causa mais indignação e, cada vez mais causa repulsa no "amado".
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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