Vivemos em uma sociedade onde a vida, cada dia, perde o valor. Hoje prepondera o mais extremado culto ao prazer. Hoje, tudo virou pressa... pressa para amar... pressa para ser feliz... pressa para ganhar dinheiro... Se o prazer não chega a infelicidade chega... Se o amor passou rápido, a dor caminha lento... se a riqueza não chegou, a ganância continuou. Diante a celeridade emocional, tudo escapa, nada fica, apenas, uma certeza pontifica: " bom mesmo é vida sem pressa, saborear cada momento, os bons e os ruins, porque ainda estou aqui". Abraçar devagar, gargalhar sem motivo, caminhar firme, prestar atenção ao que está acontecendo, sentir o vento bater, conversar com amigo, no mundo de hoje nem pensar.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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