Nascer já se constitui o primeiro drama. Adentrar a esta realidade existencial é agarra - se ao impoderável. Mergulhar na existência é padecer entre a possibilidade, e, a impossibidade. Viver aqui é como uma aventura plena de busca e perda, desejo e negação. Tudo de certa forma vira incerteza... mas, o mais intrigante é que todos habitantes, que aqui padecem. Vivem todo o processo existencial em sua masmorra subjetiva, sua mente,ou, como quiser chamar. Na verdade ninguém pode adentrar na verdadeira intimidade do outro: filho, mãe, pai, amor. Vivemos uma experiência superficial, onde, tudo vira impressoões, conjecturas, nada mais. O mais intimo que conseguimos é a cópula, que elimina impresões, opiniões, mesmo por 13 segundos, ocorre uma imensa unidade orgásmica. São os momentos mais verdadeiros de uma relação, porque, neste piscar, o drama virou nada.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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