A vida não é lógica, é plena de imprevisibilidade, nela só existe uma certeza: "a morte". Eis o fator da absurdidade. O nascer para morrer anula toda perspectiva de eternidade. Agora, prepondera o por enquanto estou aqui... Por enquanto estou amando... Por enquanto... Por enquanto... Assim o tudo é limitado pelo nada. Toda espectativa é apenas uma distração enquanto a morte chega... Pessimista? Prefiro a ideia de Alberto Camus: "a vida é plena de absurdidade". Sou Sísifo em sua interminável labuta, sou a espectativa do nada diante o tudo.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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