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Tudo de mais é Veneno!

              Afirma o adágio popular que tudo  de  mais é Veneno.  Eu afirmo que tudo de menos também é Veneno.  O Mais e o menos representam os extremos, e como todo extremo  representa o excesso ou a escassez logo nada mais justo de colocar os dois pontos extremos como fatores que causam mal estar físico,  e emocional. No século IV a. C Aristóteles afirmou que  (" a felicidade é a mediana entre dois vícios,  o vício do excesso e o vício da escassez") portanto , todo mais, ou todo menos   são fatores de infelicidade. Assim amar demais causa infelicidade, da mesma forma amar de menos, ser incapaz de amar alguém causa imenso sofrimento.
                 Aristóteles definiu virtude como a mediana entre o excesso e a escassez.  Por exemplo: entre o temerário e o covarde  temos o corajoso, logo coragem é uma mediana, portanto uma virtude, logo produz felicidade. Não importa a qualidade ética da ação se estiver localizada nos extremos será causa da infelicidade.  Por exemplo:( uma pessoa ama exageradamente outra pessoa, ao ponto de paralisar  sua vida, esta pessoa está infeliz,  pois,  em sua intimidade prevalece  o medo do abandono. Assim, uma pessoa que foi rejeitada, traída por uma pessoa significativa poderá desenvolver uma fobia do abandono que o impulssiona  a fugir de todo relacionamento afetivo, tornando -se um ser frio e solitário.Esta pessoa que não ama ninguém também é um infeliz, porque encontra - se no menos.  Balmam um excelente sociólogo definiu nosso tempo como modernidade líquida, onde prepondera algumas características,  como: (ânsia por felicidade,  intolerância ao sofrimento,  pressa exagerada, além de uma tendência ao fundamentalismo ). Observando estas características de nossa época fica evidente o porquê que  em nossa época  as relações são frágeis.
                    Portanto, devido a uma imensa ânsia por felicidade ocorre uma intolerância ao sofrimento,  por menor que seja. Assim, viver imaginando uma grande felicidade causa infelicidade,  torna a pessoa incapaz de suportar as falhas do parceiro. Da mesma forma viver  imaginando o pior, o abandonotorna a pessoa incapacitada para uma nova relação. Assim, o adágio popular ao salientar que o excesso de qualquer coisa é Veneno está coberto de razão, uma vez que, o excesso tanto pode ser para mais ou para menos. Não tenho a menor dúvida que Aristóteles estava certo ao defender o caminho do  meio, e que sua mensagem  continua correta em nossa época, portanto, comprovo que tudo de mais

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