Afirma o adágio popular que tudo de mais é Veneno. Eu afirmo que tudo de menos também é Veneno. O Mais e o menos representam os extremos, e como todo extremo representa o excesso ou a escassez logo nada mais justo de colocar os dois pontos extremos como fatores que causam mal estar físico, e emocional. No século IV a. C Aristóteles afirmou que (" a felicidade é a mediana entre dois vícios, o vício do excesso e o vício da escassez") portanto , todo mais, ou todo menos são fatores de infelicidade. Assim amar demais causa infelicidade, da mesma forma amar de menos, ser incapaz de amar alguém causa imenso sofrimento.
Aristóteles definiu virtude como a mediana entre o excesso e a escassez. Por exemplo: entre o temerário e o covarde temos o corajoso, logo coragem é uma mediana, portanto uma virtude, logo produz felicidade. Não importa a qualidade ética da ação se estiver localizada nos extremos será causa da infelicidade. Por exemplo:( uma pessoa ama exageradamente outra pessoa, ao ponto de paralisar sua vida, esta pessoa está infeliz, pois, em sua intimidade prevalece o medo do abandono. Assim, uma pessoa que foi rejeitada, traída por uma pessoa significativa poderá desenvolver uma fobia do abandono que o impulssiona a fugir de todo relacionamento afetivo, tornando -se um ser frio e solitário.Esta pessoa que não ama ninguém também é um infeliz, porque encontra - se no menos. Balmam um excelente sociólogo definiu nosso tempo como modernidade líquida, onde prepondera algumas características, como: (ânsia por felicidade, intolerância ao sofrimento, pressa exagerada, além de uma tendência ao fundamentalismo ). Observando estas características de nossa época fica evidente o porquê que em nossa época as relações são frágeis.
Portanto, devido a uma imensa ânsia por felicidade ocorre uma intolerância ao sofrimento, por menor que seja. Assim, viver imaginando uma grande felicidade causa infelicidade, torna a pessoa incapaz de suportar as falhas do parceiro. Da mesma forma viver imaginando o pior, o abandono, torna a pessoa incapacitada para uma nova relação. Assim, o adágio popular ao salientar que o excesso de qualquer coisa é Veneno está coberto de razão, uma vez que, o excesso tanto pode ser para mais ou para menos. Não tenho a menor dúvida que Aristóteles estava certo ao defender o caminho do meio, e que sua mensagem continua correta em nossa época, portanto, comprovo que tudo de mais
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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