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Temporalidade!

Santo Agostinho século V depois de Cristo em sua obra confissões, capitulo XI definiu a eternidade como o presente fora do tempo,(o presente que não vira passado). Pois, na pratica neste mundo prevalece a temporalidade, de forma permanente temos: ( passado como aquilo que foi, e que continua sendo apenas na memória, ou seja, na prática passado não é. No que concerne ao futuro é apenas uma ideia, uma projeção, poderá ser, mas também, poderá não não ser, assim o futuro também não é. já o presente é o que é agora, neste momento, no entanto, a cada segundo ele se torna passado,assim também não é. Desta forma, fica evidente que a temporalidade é um constante transformar -se no não ser. Assim, Agostinho de forma até poética define a temporalidade buscando captar o eterno movimento temporal, dança temporal; denominando o passado de (passado presente). Portanto, o passado presente é o passado que estou vivendo, mesmo através da memória, pois cada segundo vai se tornando passado, formando uma infinita sucessão de passados. O presente presente é o agora estendido.
Portanto, em nosso mundo onde predomina a lei temporal prepondera a impermanência, eternidade só fora do tempo. O homem vive entre dois modo temporal, o passado que já foi, mas não é mais, e o futuro que ainda não é, poderá sê -lo, mas poderá não ser. Diante esta dança temporal o homem perde o agora. Agostinho denomina essa dança temporal e chama de tempo da alma.Posto que essa ideia temporal só existe na subjetividade humana.No cosmo prevalece o eterno agora.


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