Só o homem sabe que vive e que um dia morrerá. Os demais animais nada sabem sobre sua vida. Portanto, a autoconsciência gera o medo do morrer, raiz de todos os medos.
Sócrates, o fundador da filosofia afirmou: "que filosofar é aprender a morrer". Mas, a imensa maioria das pessoas necessitou da religião,assim criou o dogma criacionista que determina o homem como filho de Deus. Contudo, o homem pecou, caiu, por isso foi expulso do paraíso, e como consequência perdeu a eternidade, passou a viver sob a lei do tempo, assim surgiu a morte.
No entanto, Deus deu uma nova oportunidade a este ser decaído, assim, se ele for uma boa pessoa, após sua morte irá para o Céu, (paraíso). Nietzsche,(1844,1 900) combateu está forma de pensar denominando-a de niilismo.(negar o real pelo ideal). Nietzsche também afirmou que o sacerdote é um decadente, um fraco, que para vencer o forte criou a religião. Epicuro de forma magistral salientou, "que o homem jamais se encontrará com a morte, pois quando a vida está presente a morte não está".
Não obstante, a ideia de céu, vida eterna ao lado de Deus, nenhum ser humano normal quer morrer. Por quê ? Se viver com Deus, fora do tempo, sem mais morrer é tudo de bom, o homem deveria aguardar com bastante ansiedade o feliz dia de sua morte. Mas, ocorre o contrário, o homem tem um mórbido medo da morte. Tal fato demonstra duas verdades: O homem não tem certeza sobre Deus, e sobre o dogma religioso; o homem observa a ciência destruir os dogmas, ideais religiosas. Portanto, se pergunta, como um corpo destruído pela terra irá se recompor? Como as memórias iriam se manter sem neurônios? Sinapses? Assim a ciência foi tirando poder das religiões.
Em nossa época ainda predomina o medo da morte, as religiões perderam força. Tal fato, fez surgir com muita força a filosofia da existência, o existencialismo que teve como seu maior expoente o francês Jean Paul Sartre. Sartre defendia que a existência precede a essência, logo, homem não foi criado por um criador, Deus. Para Sartre tudo começa com o nascimento, e, que todo homem é livre para ser bom ou mau.Tudo se resume a s escolha humana. Na verdade em nossa época. Ademais, o homem em sua intuição vislumbra a morte como algo peremptório, e que a morte não é um até logo. Acredito que devido a incerteza sobre o mistério da vida e da morte o homem pós moderno continua a temer a morte, principalmente a sua morte. Visto que a cada momento o homem caminha para a morte. Fato que muito angustia o ser humano.
A morte tem algumas caraterísticas: imprevisível, intransferível, definitiva, única. Imprevisível - ninguém pode prever sua morte. Sabe-se que ela irá acontecer, mas é impossível determinar com segurança quando ocorrerá. O poeta Fernando Pessoa afirmou que, "o homem é um cadáver adiado". Determinando a inevitabilidade da morte. Heidegger definiu daisen como, "um ser para a morte". Posto que a cada instante o homem caminha de forma inexorável para seu findar. Intransferível - outro ponto importante da morte é sua abrangência atingindo a todos como muito bem afirma o dito popular : "quem não morrer novo, na velhice não escapa". Portanto, nenhuma pessoa poderá morrer pelo outro, pois, todos terão seu encontro com a morte. Mas, Diante da morte tudo perde valor, nada tem importância ... Aquele desentendimento nada significa! A arrogância perde o sentido! Uma conta bancaria bem papuda também perde sua importância! A posição social torna-se x, enfim diante a morte o que prevalece é a totalidade. Visto que a morte não é uma virgula, ela é um ponto final. Única todos sabem que a morte não é um até logo. Ela é definitiva, nenhum ser vivo morre duas vezes. Mas o homem é o único ser vivo que sabe que vive e sabe que morrerá um dia, eis sua angústia.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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