O estoicismo foi fundado na Grécia antiga, aproximadamente no século três a. C por Zenão de Cítio. Este modo de pensar teve imensa influência em toda história da filosofia antiga até nossos dias. Seus principais representantes são: Sêneca, Epicteto, Marco Aurélio, o imperador romano. Qual era a essência do estoicismo? Vida simples, sem luxo, sem regalias, com plena aceitação de todos infortúnios, valorização do momento presente, aceitação de um deus impessoal, não transcendente, representado na ideia de cosmo, um todo organizado. Como muito bem definiu Luc Ferrer, " o estoicismo é um processo de salvação sem Deus". Portanto, na atualidade toda ideia que salienta a finitude humana, com plena aceitação da morte, sem acreditar na continuidade da vida via personalidade, e, imensa valorização do momento presente tem conteúdo Estóico.
No entanto, com o surgimento do cristianismo o estoicismo perdeu espaço ocorrendo um total predomínio do pensamento cristão sobre o pensamento estóico. Por quê? Segundo Luc Ferrer em sua excelente obra: aprender a viver: "o estoicismo nada prometia, não defendia a continuação da vida no pós morte, e não defendia um deus transcendente e pessoal, enquanto o cristianismo defendia a continuação da vida no pós morte, além de apresentar um Deus onipresente, onisciente, transcendente, e antropomórfico, prometeu vida eterna da personalidade no céu, paraíso junto com os entes queridos".
Contudo, com a supremacia do cristianismo, "Luc Ferrer salienta que houve a predominância da fé sobre a razão, colocando a filosofia em segundo plano". Tal fato ocorreu porque as promessas cristãs resolveram a maior fonte de angústia do homem: o problema da morte. Pois, os cristãos negam a morte prometendo vida no pós morte, enquanto o estoicismo, apenas preparava o homem para aceitar a morte com resignação, e até alegria, sabendo que no pós morte ele seria incorporado como partícula do cosmo.
Não obstante,
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
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ResponderExcluirObrigado por sua visita e comentário tal fato nos estimula a continuar escrevendo...
ExcluirObrigado, vou escrever e explorar mais até tema.
ResponderExcluirDigo este tema.
ExcluirOs estóicos eram ao que parece homens sinceros que sabiam o que era aproveitar a vida. Pena que não viveram no tempo de Cristo, senão teriam reconhecido nele A Verdade, diferentemente de certos homens metidos a sábios que pensam que as coisas da terra são um fim em si mesmo.
ResponderExcluirObrigado por seu comentário.
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