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Angústia em Sartre!

       Sartre afirmou que: " a existência precede a essência;  o homem é condenado a ser livre". Portanto, para Sartre nenhum Deus criou o homem. O homem nada herdou de um criador, portanto, ele surgiu do nada, e, através de sua  existência vai se edificando, se construindo. Logo, todo homem é livre para fazer escolhas em sua existência. Ademais, mesmo que este homem decida  não escolher, tal atitude já é uma escolha. Assim, liberdade no existencialismo sartriano é uma condenação, não é uma escolha de cada um. Uma vez que ninguém pode deixar de fazer escolhas em sua vida.  Mas, esta  liberdade produz consequências. Visto que cada pessoa é a única responsável por seus atos. Por exemplo, a pessoa diante os desafios que a vida proporciona, prefere nada decidir, acha melhor que outras pessoas decidam por ela, tal atitude já foi sua escolha. Não obstante, as inúmeras influências negativas que o homem tem de superar ao longo da vida, fica evidente que só ele,  mais ninguém  é o responsável por suas  derrotas, seu sucesso, enfim ele é o resultado de suas escolhas em cada instante. Muito diferente de  seu  gato que é determinado instintivamente, logo, não pode agir diferente. Portanto o animal não tem angústia.
          Contudo a liberdade existencial​​ produz consequências e a principal consequência é a angústia. Sartre define angústia como: " consequência da escolha".  Enquanto o animal é o que é, sem escolha,  o homem  tem que decidir o que  deseja  ser através da  escolha, tal necessidade gera angústia. Porquanto, em cada instante de sua vida o ente humano tem que decidir o que deseja. Por conseguinte o homem é o que escolheu ser, e paga por suas escolhas.

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