Sartre afirmou que: " a existência precede a essência; o homem é condenado a ser livre". Portanto, para Sartre nenhum Deus criou o homem. O homem nada herdou de um criador, portanto, ele surgiu do nada, e, através de sua existência vai se edificando, se construindo. Logo, todo homem é livre para fazer escolhas em sua existência. Ademais, mesmo que este homem decida não escolher, tal atitude já é uma escolha. Assim, liberdade no existencialismo sartriano é uma condenação, não é uma escolha de cada um. Uma vez que ninguém pode deixar de fazer escolhas em sua vida. Mas, esta liberdade produz consequências. Visto que cada pessoa é a única responsável por seus atos. Por exemplo, a pessoa diante os desafios que a vida proporciona, prefere nada decidir, acha melhor que outras pessoas decidam por ela, tal atitude já foi sua escolha. Não obstante, as inúmeras influências negativas que o homem tem de superar ao longo da vida, fica evidente que só ele, mais ninguém é o responsável por suas derrotas, seu sucesso, enfim ele é o resultado de suas escolhas em cada instante. Muito diferente de seu gato que é determinado instintivamente, logo, não pode agir diferente. Portanto o animal não tem angústia.
Contudo a liberdade existencial produz consequências e a principal consequência é a angústia. Sartre define angústia como: " consequência da escolha". Enquanto o animal é o que é, sem escolha, o homem tem que decidir o que deseja ser através da escolha, tal necessidade gera angústia. Porquanto, em cada instante de sua vida o ente humano tem que decidir o que deseja. Por conseguinte o homem é o que escolheu ser, e paga por suas escolhas.
O poeta Fernando Pessoa revela a maior certeza do ente humano, a morte. Eis a fonte de medo, ansiedade da humanidade posto que o homem é auto consciente, portanto, ele sabe que existe e vive, também sabe que um dia irá morrer. Apesar de ser uma frase extremamente realista, ( "o homem é um cadáver adiado), não deixa de ser uma alerta ao homem, para que ele aprenda a valorar sua vida. Outro aspecto desta frase é demonstrar a finitude do homem ou seja o homem tem prazo de validade. No entanto, a imensa maioria da humanidade não quer nem pensar sobre o assunto, prefere colocar para um futuro bem distante esta dura certeza. Discordo desta frase, porque ela reduz o homem ao corpo. Pois, o cadáver é o corpo sem a essência, Vida, (que é tudo sem ela nada). Acredito que habita no corpo do homem uma semente divina. Também acredito que a vida ocorre como uma oportunidade de realização de um processo, Nascimento do divino no humano. Assim, não aceito que o homem seja
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário e sugestão ,muito nos honra seu acesso ,Seu comentário é nossa melhor forma de melhorar as postagens, obrigado!